“A maior forma de expressar amor é zelar por alguém, dar nossa contribuição para que essa pessoa tenha uma vida mais prazerosa, mais harmoniosa e mais tranquila, e a criação dos eventos do Outubro Rosa teve este sentido, de zelarmos por nossas mulheres, que são fortes, estão cada vez mais empoderadas no mercado de trabalho e em todos os sentidos, mas que devem ser cuidadas, pois são as mulheres que trazem tranquilidade e equilíbrio para o mundo”, disse o presidente do Sincor-SP, Alexandre Camillo, na abertura.
“Este nosso encontro é um momento único que temos a cada ano, pois nós mulheres vivemos na correria com a família, com o empreendedorismo no trabalho, os desafios pessoais, e acabamos nos esquecendo de cuidarmos de nós mesmas. Por isso, este momento é importante, para lembrarmos de nos cuidar, não só em relação ao câncer de mama, mas de maneira geral”, disse Raquel Gomes, coordenadora da Comissão Feminina do Sincor-SP. “É um dia de conscientização, construído por muito carinho pelo Sincor-SP para as mulheres corretoras de seguros”, completou a 2ª vice-presidente Simone Martins.
A primeira palestra foi apresentada pela Dra. Gisele Sampaio Silva, neurologista do hospital Albert Einstein, que abordou o tema “Acidente Vascular Cerebral: um problema de saúde pública”. Para ela, no mês do Outubro Rosa deve-se falar da saúde da mulher, dos riscos e prevenção, não apenas do câncer de mama.
“O AVC acomete em maior número as mulheres e o pior problema é a possibilidade de deixar sequelas. Durante a gravidez e, principalmente, no puerpério (logo após o nascimento do bebê) aumenta o risco. Como as mulheres vivem mais do que os homens, estatisticamente, depois que o AVC acontece nós temos muito mais mulheres vivendo com sequelas. É uma série de mulheres idosas, viúvas e incapacitadas pela doença que acaba se tornando um problema de saúde pública”, alegou.
A médica explicou os sintomas de um AVC e formas de tratamento, mas enfatizou a importância e possibilidade de prevenção, especialmente ao controlar a hipertensão e realizar exames periódicos. “Alguns dos principais fatores de risco para o AVC tendem a ocorrer mais frequentemente em mulheres. A hipertensão acima de 60 anos acontece em 78% das mulheres e 64% dos homens. Outros indícios são fibrilação atrial, diabetes, enxaqueca com aura visual, depressão e obesidade”.
A segunda apresentação externou outro lado humano da mulher, ao tratar de sentimentos. A advogada Simone Feu, que recentemente assumiu a direção nacional da Amil, agradou a plateia como um exemplo de humildade. “Apesar de ter uma certificação internacional sobre qualidade de vida, eu não vim falar de nada técnico, mas sobre alegria de viver. Muitas mulheres e muitos homens, mesmo tendo várias realizações, sofrem de depressão, e acredito que amor, equilíbrio e compaixão pelo próximo podem ser o segredo para vencer tudo”, disse.
Ela propôs uma reflexão às mulheres. “Lembre-se de quando você tinha sete ou oito anos de idade e os planos que fazia para o futuro. Você conseguiu atingir? Resgate seus sonhos, porque eles são possíveis. Não é fácil, mas você consegue”. Ela explicou que, com a idade adulta, as pessoas vão criando crenças limitantes que as impedem de realizar os sonhos e por isso se tornam diferente do que haviam imaginado.
As mulheres na plateia dirigiram perguntas às palestrantes sobre a saúde física e emocional, e também houve depoimentos emocionados daquelas que mais se identificaram com as apresentações. O evento foi encerrado com sorteios das seguradoras patrocinadoras e almoço na churrascaria.
O valor arrecadado com as inscrições será totalmente revertido para o Hospital do Câncer de Barretos.