A divulgação de vendas de carteiras por parte dos corretores é uma prática recorrente entre os profissionais, seja em função da saída do mercado, mudança de ramo ou questões pessoais. Tal negociação beneficia as duas partes envolvidas: quem compra aumenta sua base de clientes e quem vende resolve seu problema, além de garantir que os clientes não ficarão descobertos.
Entretanto, o Corretor interessado em comprar a carteira de clientes precisa estar atento aos cuidados necessários antes de fechar o contrato. Amilcar Vianna, Corretor e diretor do Clube dos Corretores de Seguros do Rio de Janeiro, ressalta que essa atenção é fundamental: “Procure fazer trato com gente séria”, alerta. Ele lembra que há muitas histórias de vendedores que aumentam o tamanho da carteira ou ainda que desrespeitam a cláusula de não competitividade e sigilo que são estabelecidas normalmente neste tipo de transação. Por isso, todo cuidado é pouco. É necessário solicitar um contrato e antes de assiná-lo analisar atentamente todos os pontos para evitar futuros problemas.
Outro item importante levantado pelo diretor do CCS-RJ é que o Corretor deve confirmar as informações fornecidas sobre os clientes. “Quem está vendendo a carteira deve descrever detalhadamente os ramos que atua, quanto movimenta de prêmios por ano, quais são suas principais parceiras seguradoras quanto recebe de comissões por ano. A seguir deve ser franqueado ao comprador comprovar o afirmado através de exame dos arquivos e controles contábeis”, reforça.
Com esses cuidados é possível validar a transação de venda e compra da carteira de clientes, reduzindo a possibilidade de futuros prejuízos.