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Dependentes químicos não possuem leito no SUS

Fonte: Saúde Business Web Data: 20 setembro 2011 Nenhum comentário

Para o presidente da Associação Brasileira de Economia da Saúde – ABrES Sólon Magalhães Vianna, as raízes do SUS remetem aos anos 70

Levantamento realizado pela Frente Parlamentar de Enfrentamento ao Crack da Assembleia Legislativa de São Paulo mostra que 79% das cidades do estado não contam com leitos hospitalares do Sistema Único de Saúde (SUS) para dependentes químicos. E 63% dos prefeitos paulistas afirmam que não ajudam financeiramente instituições ou entidades comunitárias que atendem pacientes químicos. A pesquisa foi divulgada nesta terça-feira (20) na Assembleia.  O estudo revelou que o crack  - presente em todos os municípios pesquisados -  está sendo fortemente utilizado por trabalhadores de usinas de cana-de-açúcar e na indústria cerâmica.

Para fazer o estudo, os deputados estaduais mandaram questionários para os 645 municípios paulistas. Os prefeitos de 325 cidades, onde vivem 76% da população do estado, enviaram suas respostas. De acordo com os pesquisadores, 80% dos dependentes de crack são jovens e adultos em plena atividade, com idade entre 16 e 35 anos. Quase todos os prefeitos dizem que recebem recursos dos governos estadual e federal, mas, segundo os deputados, essa ajuda se concentra nos municípios de maior porte.

Os parlamentares apresentaram a cada prefeito dez perguntas. A primeira delas foi: “Qual a droga mais presente em sua cidade?”. As respostas serviram para traçar um quadro que eles consideram “preocupante”. O crack - feito de pasta base de cocaína e bicarbonato de sódio - está mais presente nos municípios paulistas do que a cocaína, a maconha e as drogas sintéticas.

Segundo o levantamento, em cidades médias do interior do estado - com população entre 50 mil e 100 mil habitantes - o crack é tão citado quanto o álcool como a droga mais usada, com 38% das manifestações dos prefeitos cada um. Os dois tipos de droga estão empatados, por exemplo, nas regiões de Barretos, Ribeirão Preto, São José dos Campos e na região central do estado.

"Os dados apontam que os municípios paulistas estão desamparados, clamando recursos públicos, recursos humanos e equipamentos para enfrentar o avanço do crack", diz o deputado Donisete Braga, coordenador da Frente Parlamentar de Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas da Assembleia Legislativa de São Paulo.

O levantamento mostra que o crack foi citado como a droga mais presente em 31% das cidades paulistas. De acordo com o deputado Orlando Bolçone, integrante da Frente Parlamentar, o crack está presente em todos os municípios pesquisados. O álcool ainda está em primeiro lugar: 49%. A cocaína é a mais presente em 10% das cidades. E a maconha lidera a lista de preocupações do prefeito em 9% dos municípios pesquisados.

Das 15 regiões administrativas do estado, é na região de Marília que o álcool aparece com mais citações (66%). A região de São José dos Campos apresenta maior número de citações sobre o crack, com 46,6%.

Em cidades médias, álcool e crack empatam como mais usados

Das 15 regiões administrativas do estado, é na região de Marília que o álcool aparece com mais citações (66%). A região de São José dos Campos apresenta maior número de citações sobre o crack, com 46,6%.

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