Não por acaso, a Susep criou, em julho do ano passado, a Comissão Especial de Inovação e Insurtech, que tem forte participação do mercado por meio de representantes da Fenacor, Escola Nacional de Seguros, CNseg e três de suas quatro federações associadas (FenSeg, FenaPrevi e FenaCap), Fenaber (Federação Nacional das Empresas de Resseguros), ANSP – Academia Nacional de Seguros e Previdência e An-Re – Associação Nacional das Resseguradoras Locais.
A Comissão poderá criar subcomissões temáticas para tratar de assuntos específicos, quando julgar conveniente. Além disso, deverá ter caráter permanente, uma vez que a norma que a criou (Portaria 6964/17 da Susep) não estabelece prazos para a conclusão dos trabalhos.
Para Mendanha, novas ferramentas e inovações de forma geral são bem-vindas, desde que tenham como foco a melhoria das relações entre os agentes do mercado. “Já existem sistemas que auxiliam o corretor de seguros no seu trabalho. E se novas ferramentas chegam para ampliar a abrangência da indústria do seguro para outros consumidores, é um movimento muito bem-vindo”, assinala o superintendente da Susep, para quem esse quadro significa “crescimento de mercado”.
Na avaliação dele, não há dúvidas de que inovar é fundamental para o desenvolvimento sustentável do setor de seguros e para “o esclarecimento dos seus consumidores”.
Joaquim Mendanha tem reiterado que o órgão regulador em momento algum é contra a inovação. “O que não pode ser aceito, em hipótese alguma, é que empresas entrem no mercado de seguros sem a autorização do Estado, devidamente calçadas pela legislação”, acentuou, por exemplo, ao participar de talk show no 20° Congresso Brasileiro dos Corretores de Seguros, realizado em Goiânia (GO), em outubro de 2017.
Na ocasião, ele assegurou ainda que a Susep tem agido “energicamente contra isso” (a atuação irregular de empresas no mercado).