Traçar um desenho de plano
diretor de TI pode ajudar as operadoras de planos de saúde a
reduzir os custos cada vez mais crescentes. É o que sugere o
diretor de TI em Saúde da Benner, Celso Lara de Souza, após mostrar
que assim como o setor, os gastos das operadoras também
demonstraram um crescimento significativo em 2009.
Os custos de internações
representaram 32,8% das despesas assistenciais das operadoras de
planos de saúde, somando quase R$ 17 milhões. Já os exames foram
responsáveis por 21,5%, o mesmo que pouco mais de R$ 11
milhões.
"O aumento de custos na
área de saúde suplementar vem em dois aspectos: custo assistencial
e custo operacional, onde ferramentas devem ser utilizadas para
melhorar a questão do próprio gasto", conta Souza.
O custo assistencial é
aquele dado pela assistência a saúde aos beneficiários, nesse
aspecto pode-se trabalhar a questão da própria regulação do que
esta sendo feito, integrando os prestadores para que isso não tenha
a existência de exames em duplicidade, por exemplo. Para o
executivo, há ferramentas disponíveis para esses tipos de ações que
permitem a redução de custos desnecessários.
"Ações de prevenção também
são essenciais. É preciso identificar dentro da população quem está
num grupo de risco e ter ações efetivas dentro dele, então as
ferramentas necessárias existem para esse processo de
estratificação e aí é só fazer o monitoramento para reduzir os
custos assistenciais".
Já o custo operacional é o
custo da operação da própria operadora. Neste caso, Souza afirma
que o ideal é aumentar a produtividade por meio de um sistema de
formação automático. Além disso, indicadores operacionais ajudam a
melhorar a produtividade no próprio atendimento e na análise de
contas.
O executivo ressalta que a
visão estratégica tem que ser mais ampla para as tomadas de
decisão. "Estou falando de informações a nível gerencial, de saber
como está financeiramente meu plano para a partir de então tomar
alguma decisão.
" Trabalhar na melhoria da
rentabilidade também é uma das soluções propostas pelo executivo.
De acordo com Souza, trabalhar na prevenção às vezes tem aumento de
custo, mas o resultado final vai ser melhor. "Ouso dizer que temos
que trabalhar mais na questão da rentabilidade do que na questão da
diminuição do custo assistencial", conclui.