Na
última quinta-feira (22), a SulAmérica realizou, em seu perfil no
Instagram, uma live com o tema “Vamos juntos conversar sobre saúde
emocional na pandemia?” Participaram do evento a jornalista e
escritora especializada em saúde, Daiana Garbin, e a
superintendente médica e de gestão de saúde populacional da
SulAmérica, Raquel Imbassahy.
Durante o evento, as participantes debateram como a saúde mental
ainda é um tabu para muitas pessoas, que não se sentem confortáveis
de falar que estão passando por dificuldades ou pedir ajuda.
“Ninguém tem vergonha de dizer que tem pneumonia, pressão alta e
buscam ajuda, mas saúde emocional as pessoas se escondem. Hoje, tem
sensibilização muito maior para a saúde mental, mas ainda existe
muita desinformação, preconceito e estigma”, afirmou Raquel.
A
pandemia, no entanto, trouxe à luz estas questões, pois muitas
pessoas estão buscando ajuda de profissionais para tentar passar
por este momento mais tranquilamente. Segundo ela, somente no ano
passado, a SulAmérica registrou dez mil por cento de aumento de
atendimento psicológico em vídeo e a consulta com psiquiatra mais
que dobrou a demanda entre beneficiários.”Estamos o tempo todo
fazendo perguntas: será que vou adoecer? Será que meus familiares
vão adoecer? Quando isso vai acabar? Tem o medo, que está presente,
o distanciamento social que nos impacta, pois somos seres
relacionais por natureza.
Também foi muito abrupta a maneira como perdemos a vida como a
gente conhecia e o confinamento nas nossas casas trouxe alguns
benefícios, mas também exacerbou a situação de conflitos nas
famílias”, destacou a médica. Para ela, o atendimento precoce é
fundamental, pois quanto antes a pessoa começar a se tratar, mais
eficaz o tratamento será. “Não damos a devida atenção às nossas
dores emocionais até a situação ficar insustentável”, ponderou
Daiana.
A
médica ressalta que experimentar sentimentos negativos faz parte da
condição humana, mas é preciso estar atento a frequência e
intensidade. “Já sentimos desânimo, desamparo, angústia… Estes são
sentimentos absolutamente normais, nos tornam humanos.A gente deve
buscar ajuda quando eles se tornam muito duradouros, permanentes,
quando perdemos o controle e quando impactam no nosso dia a dia”,
elencou. A busca de apoio de forma preventiva pode ser profissional
ou social (entre familiares ou amigos), porém, dependendo do
quadro, o suporte social não é suficiente.
Esta
é a hora de procurar ajuda profissional. “Sentimento de pessimismo,
desesperança, perda de interesse ou prazer de atividades que já
trouxeram muito prazer antes, alteração de apetite, alteração na
sua rotina de sono (insônia ou sono excessivo), dificuldade de
concentração são sinais de alerta. Em quadros mais graves,
pensamentos sobre morte podem aparecer”, elencou.As participantes
também destacaram a importância de iniciativas como a promovida
pela SulAmérica, que busca dar suporte emocional gratuito a
profissionais da linha de frente que não têm condições de pagar por
um acompanhamento.
Para
participar do Projeto Apoio Emocional na pandemia, basta entrar no
site sulamericasaudeintegral.com.br se cadastrar
e fazer o agendamento online com o parceiro (psicologia viva).
Serão oferecidos 35 mil atendimentos gratuitos. “A preferência é
para pessoas que não têm plano de saúde. O atendimento é feito de
maneira virtual com o psicólogo.
O
bacana é que a pessoa interessada tem acesso ao mini currículo do
profissional e pode selecionar o que mais se identifica”, explicou
Raquel. O profissional avalia a situação e pode indicar até três
atendimentos. “É importante ressaltar que não é um tratamento, é um
apoio, um acolhimento psicológico”, concluiu Daiane