O reajuste dos planos de saúde
coletivos, com cobertura para até 29 vidas, que começa a valer este
mês, vai variar de 15,17% (SulAmérica) a 21,12% (Bradesco), com
direito à cobrança retroativa ao mês de maio. O aumento atinge os
funcionários de pequenas e médias empresas, entidades de classe,
conselhos e associações profissionais. A Agência Nacional de Saúde
Suplementar (ANS) não interfere nesta negociação, e a alta acima da
inflação oficial está levando os beneficiários à Justiça.
— Esses contratos têm uma cláusula
de sinistralidade que é o desequilíbrio da relação entre os custos
e as receitas das operadoras. O consumidor não consegue acompanhar
os cálculos e, por isso, a cláusula deve ser declarada nula pela
Justiça — disse a advogada Renata Vilhena Silva, do escritório
Vilhena Silva Advogados.
No acumulado de 12 meses até junho,
o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 8,84%. Até
maio, a inflação em 12 meses foi de 9,32%. Entidades ligadas às
operadoras de saúde argumentam que a inflação médica é maior do que
a alta do custo de vida.
A Amil aplicou uma correção de
19,49% aos planos coletivos, e a Unimed-Rio, de 19,11%. Os planos
empresariais, com mais de 29 vidas, são negociados entre as
empresas e as operadoras. Para planos individuais, o aumento foi de
13,57%.