Após quase cinco anos em tramitação, foram aprovadas ontem
(03/07), na Câmara pela Comissão de Constituição e Justiça e de
Cidadania (CCJC), as normas para a criação de seguradoras
especializadas em microsseguros. A aprovação só foi possível pela
atuação do deputado Armando Vergílio (GO) que, ciente da
importância da matéria, pediu inversão de pauta e possibilitou a
votação.
Vergílio explicou que a proposta foi elaborada quando era
diretor da Superintendência de Seguros Privados (Susep), órgão
regulador do setor. Segundo ele, a ideia é baratear custos. “É um
projeto de inclusão social. Abre essa proteção para que cerca de
cem milhões de brasileiros possam ter acesso às coberturas que o
setor de seguros, previdência e capitalização oferecem”,
justificou.
Segundo o substitutivo ao Projeto de Lei 3266/08, de autoria do
deputado Adilson Soares (PR-RJ), fica determinado que pessoas
físicas e microempresas, poderão comprar as apólices. O
substitutivo determinou também a retirada do teto mensal de R$
40,00 para prêmios oferecidos pelas seguradoras.
De acordo com a proposta, os microsseguros devem ser operados
por empresas inovadoras, especializadas nesse tipo de negócio e que
vão buscar seu lucro na massificação da proteção, pessoal ou
patrimonial, a custos compatíveis. Será criada a figura do corretor
de microsseguros.
O texto delega ainda ao Conselho Nacional de Seguros Privados
(CNSP), a função de disciplinar os microsseguros, bem como a
autorização de funcionamento, a definição do limite máximo de
garantia ou de capital segurado; o prazo máximo para pagamento de
indenização e de vigência; e as formas de comercialização e
contratação simplificadas: apólices, bilhetes, certificados
individuais e meios eletrônicos.
“É algo que vai elevar nosso país na condição de proteger, por
meio do mercado de seguros e privados, todas as pessoas que estão
sendo inseridas no mercado de consumo”, concluiu o deputado.