A Câmara de São Paulo aprovou nesta quarta-feira, 16, em segunda
votação, projeto da vereadora Patrícia Bezerra (PSDB) que
estabelece na rede municipal de saúde o direito da grávida à
anestesia até mesmo no parto normal. A proposta regulamenta a
realização de prerrogativas básicas da gestante, que fazem parte do
atendimento do parto humanizado.
O anestésico no parto normal não é dado pelo Sistema Único de Saúde
(SUS), de acordo com a assessoria de Patrícia. Segundo a proposta
aprovada, as gestantes também poderão optar por processos não
farmacológicos para diminuição da dor. A nova lei assegura a toda
gestante o direito ao Plano Individual de Parto, pelo qual poderá
decidir pelo tipo de parto, anestesia, acompanhamento e monitoração
cardíaco-fetal.
"O objetivo principal do projeto é acabar com uma grande injustiça
que tem ocorrido na rede pública de saúde, o desrespeito aos
direitos da gestante. O maior exemplo disso é a negativa de
anestesia em casos de parto normal. É necessário um tratamento
digno desde a entrada no hospital até o momento do parto, o único
choro da mulher nessa hora tem de ser o de emoção ", afirma a
vereadora do PSDB de São Paulo.
Pela proposta, os hospitais da capital paulista também terão um
protocolo para assegurar a todas as grávidas o direito a escolher
um acompanhante no parto, o que é garantido por lei federal mas
descumprido em 64% dos casos no País, segundo pesquisa da Rede
Cegonha.