No
dia 30 de junho comemora-se o Dia do Caminhoneiro, profissão que
enfrenta inúmeros obstáculos no dia a dia, como as más condições
das estradas, a pressão pela entrega da carga em tempo curto e a
jornada excessiva de trabalho. A rotina problemática, no entanto,
também é verificada de forma semelhante em outras ocupações do ramo
de Transportes (aéreo, aquaviário e terrestre) e, por isso, a
SulAmérica concluiu em estudo de saúde compreendendo dez ramos de
atividade econômica, com mais de 40 mil segurados de 240 empresas,
em dez capitais brasileiras, que os trabalhadores do setor
apresentam o maior número de distúrbios.
Para
o ramo de Transportes foram entrevistadas 2.735 pessoas de 30 a 39
anos, de 14 empresas diferentes. O resultado foi preocupante: a
atividade concentrou o maior número de índices críticos, somando
posições negativas em sete indicadores (IMC; Glicemia; Colesterol
Total; Tabagismo; Consumo de Álcool; Infarto/AVC; e Escore de
Framingham). Dos pontos negativos, o destaque ficou para o
Colesterol Alto, verificado em 15% dos perfis
analisados.
As
incidências de sobrepeso e obesidade também estão muito presentes
na vida dos segurados da carreira de Transportes, com variação
entre 49,8% e 63,4%, acima do percentual de 51 pontos estimados
pelo Ministério da Saúde. Já os índices de Sedentarismo alcançaram
elevadas taxas em todas as áreas, entre 54,6% a 69,5%, o que indica
que mais de 50% da população pesquisada não pratica exercícios ou o
faz eventualmente, estatística 20% superior ao dado
mundial.
“Esse
resultado pode ser atribuído, em grande medida, aos reflexos das
condições de trabalho dos motoristas profissionais, que costumam
passar longos períodos longe da família e em solidão, dormindo
poucas horas por dia quando viajam. Falta de infraestrutura
rodoviária e estímulos pecuniários para a diminuição do tempo de
entrega da mercadoria, muitas vezes envolvendo cargas perigosas,
são fatores que também contribuem para o desencadeamento de
alterações das condições de saúde do indivíduo, explica o
superintendente de Gestão de Saúde, Gentil Alves.
Por
outro lado, a categoria apresentou taxa de Estresse Moderado ou
Alto de 29,5%, o segundo nível mais baixos do quesito dentre todas
as atividades econômicas.
A
pesquisa considerou mais de 15 variáveis como Pressão Arterial;
Consumo de Álcool; Sedentarismo; Prevenção de Câncer; Estresse;
Tabagismo; Glicemia; Colesterol Alto; IMC; entre outras. Os
resultados foram divididos por Transporte; Atividades
Profissionais; Comércio; Indústria da Transformação; Atividades
Administrativas; Atividades Financeiras; Construção; Informação e
Comunicação; Saúde; e Outros Serviços (associações e sindicatos
ligados à cultura, arte e política).