Hoje em dia, não faltam técnicas e fórmulas para alongar as unhas. Técnicas em gel, porcelana, fibra de vidro, acrílica são muito usadas por mulheres que querem ter unhas maiores. Mas fique atenta: “Nem todas as pessoas podem usar as unhas postiças: há pessoas com doenças na pele ou nas unhas que não devem usar. Por exemplo: alérgicos aos componentes do adesivo, pessoas com a pele sensível, com psoríase da unha e infecção devem evitar, pois o trauma pode piorar a doença da pele e unhas”, explica a Dra. Valéria Marcondes, dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Além disso, mesmo que sua unha seja saudável, ela pode ter problemas depois: “Todas estas formas de alongamento danificam as unhas originais, pois elas são coladas e ao serem retiradas as nossas unhas originais perdem várias camadas de queratina – proteína que forma as unhas. Os sinais visíveis são unhas frágeis e quebradiças”, explica a dermatologista Dra. Thais Pepe, da SBD.
Na técnica de unha de porcelana, usa-se um líquido e um pó acrílico, o que faz com que a unha fique um pouco ‘arenosa’ e áspera. “Mas se a profissional for cuidadosa, consegue fazer uma unha fina e delicada, ideal para usar com esmalte por cima”, diz a Dra Valéria. No caso da unha de gel, essa é uma técnica que usa de um gel para modelar a unha, que seca em uma cabine de luz ultravioleta. “Ela permite um acabamento mais bonito, pois o gel é um material fino e quase transparente. O resultado é uma unha mais lisa e pode ser usada sem esmaltes. Por fim, a unha de Acrigel usa uma camada de pó acrílico da porcelana entre as camadas de gel, o que ajuda a dar mais resistência à unha. As unhas são limpas e preparadas antes de receber o gel. Depois as camadas de gel são aplicadas com um pincel, entre uma camada e outra. Depois, as mãos ficam alguns minutos dentro da cabine de luz ultravioleta para a secagem do gel”, diz a Dra Valéria.
No caso do acrílico, a Dra. Thais explica que este traz um efeito mais artificial, enquanto as unhas em fibras são usadas em unhas mais frágeis. “Estes materiais colocados podem causar processos alérgicos, dependendo da sensibilidade de cada um. Todas as unhas ficam fracas ao retirar os produtos. Algumas vezes os materiais se descolam um pouco das unhas deixando alguns orifícios. A umidade entra através destes orifícios tornando um ambiente perfeito para a proliferação de fungos. Algumas bactérias também se beneficiam deste ambiente. Por isso a necessidade da manutenção adequada”, destaca a Dra. Thais. “Os produtos geralmente são bons, o efeito estético também, porém, a técnica e manutenção são essenciais. Não pode haver nenhum descolamento no local propiciando o aparecimento de fungos e bactérias. Qualquer técnica boa ou não pode trazer consequências maléficas para as unhas”, afirma a dermatologista Dra. Thais.
De acordo com a Dra. Valéria, para evitar que fungos e bactérias invadam as unhas, também é importante colocá-las com um bom profissional para não deixar espaços embaixo da unha ou bolhas de ar. “E para que elas durem mais, o ideal é usar luvas para lavar louça, evitar contato com água muito quente, evitar o contato com solventes de tintas ou acetona e fazer a manutenção a cada 15 dias. Cremes hidratantes e bases são ótimos aliados para evitar que as cutículas se ressequem e estraguem a unha”, diz a médica.
Se alguma coisa der errado e a unha ficar mais fraca, fina ou quebradiça, a conduta correta é procurar um dermatologista, que pode indicar fórmulas tópicas e orais, principalmente com silício Exsynutriment, para fortalecimento das unhas. “Muitas vezes o material se descola juntamente com as unhas, deixando a lâmina mais fina e quebradiça. Os sinais de bactérias são pontos esverdeados nas unhas e fungos pontos amarelados e pretos. Sempre que aparecerem estes sintomas deve-se retirar o material. Nunca retirar o material sozinha pois pode danificar ainda mais, então procure um profissional habilitado”, diz a Dra. Thais. Para recuperar as unhas, é necessário ficar no mínimo 6 meses sem reaplicar o produto e deixar as unhas curtas, além de seguir a orientação médica.