As entidades médicas enviaram cartas para todas as operadoras de saúde pedindo abertura de negociação. Até o momento não há um balanço da adesão ao movimento
Representantes da classe médica já falam de uma outra paralisação em junho. Dentro de dois meses, uma nova rodada de avaliação deverá ser feita para definir a atuação do grupo. Nesta quarta-feira (25) houve a suspensão do atendimento médico eletivo (que não é de urgência e emergência) em 12 Estados.
As entidades médicas enviaram cartas para todas as operadoras de saúde pedindo abertura de negociação. Até o momento não há um balanço da adesão ao movimento – o resultado deve ser divulgado ainda nesta quinta-feira (26).
Os médicos reivindicam reajuste no valor das consultas, cirurgias e procedimentos. Hoje eles recebem, em média, cerca de R$ 50 por uma consulta feita por plano. Eles querem R$ 80. Eles também querem garantia de pagamento em dia e a formalização de um contrato.
Representantes do Conselho Federal de Medicina, da Associação Médica Brasileira e Bichara entregaram à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) um documento com as 15 principais reivindicações dos profissionais que trabalham com operadoras de saúde.
Entre os itens estão a criação de um piso, de uma data-base para reajuste de honorários e de penalidades para pagamentos feitos pelas operadoras aos médicos fora do prazo. Uma nova reunião com a ANS ocorre em 14 de maio.
Como foi
De acordo com informações do jornal O Estado de S. Paulo, um grupo formado por cerca de 500 médicos fechou por quase duas horas uma das faixas da Avenida Paulista, em São Paulo, no sentido da Rua da Consolação, durante manifestação para reivindicar reajuste no valor das consultas.
Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), o protesto foi pacífico, começou por volta das 10 horas e se estendeu até meio-dia, quando os manifestantes ocuparam as calçadas. O trânsito ficou congestionado, mas não foi necessário fazer desvios.
A paralisação de ontem foi a terceira dentro do período de um ano. A ANS afirma que o atendimento da população não pode ser prejudicado. As operadoras devem garantir, por exemplo, que usuários recebam atendimento num período adequado, dentro dos padrões estabelecidos pela agência.
Além disso, os atendimentos de urgência e emergência não podem ser interrompidos. Os casos de abusos devem ser comunicados à agência pelo Disque ANS: 0800-701-9656.