A ENS (Escola Nacional de Seguros) promoveu uma live na última quinta-feira (10), para abordar inovação no mercado de seguros. Participaram deste primeiro evento o CEO da MAG Seguros, Helder Molina, e Márcio Prado, Diretor da Mapma Seguros e Benefícios. Foram abordados Inteligência Artificial, open insurance e até mesmo as oportunidades que surgem com a pandemia.
Para Molina, sem a inovação não há como avançar. “Nenhuma companhia sobrevive sem inovação. Nosso mercado precisa ter uma regulação muito grande e a tendência é as pessoas se movimentarem muito lentamente, então é importante o mercado provocar a Susep”, destacou. O executivo acredita que o foco no cliente deve nortear as decisões do mercado, para que ele indique o que de fato ele quer. “Isso cria confiança maior e satisfação e nada melhor do que ter um cliente satisfeito”, concordou Prado.
O uso da Inteligência artificial tem sido de grande valia para o mercado segurador, uma vez que otimiza e acelera processos que antes eram feitos manualmente. “Hoje, a área de tecnologia é fundamental tanto na venda quanto na base e cada vez mais a gente investe em coisa nova”, destaca Prado. Neste mesmo processo entram as startups e insurtechs, que contribuem para um mercado mais moderno e dinâmico. “As startups são uma realidade que ajudam as companhias e corretoras a se modernizar, nos ajudam a reduzir o tamanho do nosso sistema e reduzir custos”, salientou Molina.
Isso vai de encontro ao que eles têm experimentado em suas companhias com a chegada de jovens ao mercado de trabalho. “Os jovens juntam conhecimento que os mais experientes passam com a capacidade de assimilar muito rápida e surge aí a inovação”, destacou Prado. No entanto, nem tudo deve ser substituído pela tecnologia. Ainda existe um público muito grande do mercado segurador que necessita do atendimento humano. “A tecnologia funciona muito bem até os 45, 50 anos. Acima disso, necessita do tutor para orientar. Tem cliente que até hoje vai até a seguradora e pede ajuda para usar o aplicativo”, exemplificou Prado. Para o corretor, a tecnologia é uma grande ajuda e deve ter muitos resultados positivos e não competir com ele, como se acreditava. “Mesmo com a pandemia trazendo a importância do seguro de vida, ainda é um produto que precisa muito da figura do corretor”, disse Molina.
Em relação ao open insurance ambos estão cautelosos e atentos ao que vem acontecendo tanto no Brasil quanto em outros países. “Para mim, os dados já são dos clientes e eles escolhem para quem vão dar. O que vai acontecer é a digitalização deste processo”, salientou Molina. Mas Prado faz um alerta: é preciso ter bastante cautela em relação às decisões e é preciso participar ativamente das decisões a fim de evitar que o produto final não esteja em conformidade com o que os participantes do mercado desejam. “Não está claro ainda qual o objetivo desse passo que querem dar. Ainda mais que nosso prazo é mais curto do que em países onde este processo está mais adiantado”, ponderou.
Confira o encontro na íntegra: