A Copa do Mundo da África do Sul, que começa na próxima sexta-feira (11), tem seguro de US$ 9 bilhões, segundo dados divulgados nesta segunda-feira pelo Lloyds of London, sindicato inglês que reúne as maiores seguradoras, corretoras de seguro e resseguradoras do mundo. Para o Mundial de 2010, foram feitos vários seguros. A principal cobertura é a de "property" (ou propriedade), que inclui os dez estádios e os locais de treinamento das 32 seleções que participam da Copa do Mundo, que ficou em US$ 4,34 bilhões.
A segunda cobertura é chamada de contingenciamento e ficou em US$ 4,34 bilhões, segundo o Lloyds. Esse contrato está relacionado aos negócios envolvidos para a realização do Mundial, como patrocinadores, redes de televisão que vão transmitir os eventos e prêmios aos ganhadores. A apólice cobre o cancelamento ou adiamento de jogos pelos mais diversos fatores, como problemas administrativos ou mau tempo.
A terceira cobertura é de responsabilidade civil, que cobre danos causados a terceiros durante a realização do Mundial. Já foram vendidos 2,75 milhões de ingressos e essa apólice cobre eventuais dados causados a esse público, como acidente em um estádio. Essa cobertura é de US$ 290 milhões, segundo comunicado do Lloyds.
No pacote de apólices para a Copa do Mundo há ainda o seguro de vida e acidentes pessoais de cada jogador. Um craque no auge da carreira pode ter seguro individual de US$ 72,3 milhões, em uma apólice que cobre, durante 24 horas por dia no período da Copa do Mundo, invalidez permanente e morte acidental. Um jogador sem histórico de lesões pode ter cobertura de US$ 58 milhões. Há também o seguro de imagem do craque, contratado para eventuais danos que possam ser causados a sua reputação. Essa apólice está em US$ 14,5 milhões, em média. A cobertura, em muitos casos, inclui, além de danos à imagem, a proteção de uma parte específica do corpo, no caso de um jogador de futebol, o pé.
Os sinistros em Copas são raros. Apenas uma vez na história uma Copa do Mundo foi adiada, segundo o Lloyds. Foi no final dos anos 1930, pouco antes do início da Segunda Guerra Mundial. Os nomes das seguradoras e resseguradoras envolvidas nas apólices da África do Sul não foram divulgados. (Altamiro Silva Júnior - AE)
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