As seguradoras estão se preparando para atender as futuras
demandas geradas pelo furacão Sandy, que está cada vez mais próximo
de atingir a costa leste dos Estados Unidos. Segundo informações
divulgadas por agências de notícias internacionais, elas estão
ativando equipes para atender reclamações, levando avaliadores de
perdas perto dos locais com maior probabilidade de serem afetados e
se preparando para pagar por um volume enorme de potenciais
perdas.
A expectativa das seguradoras privadas é que o maior impacto de
Sandy seja em danos de telhados e carros, ocasionados pelo vento,
bem como as perdas de negócios devido à falta prolongada de
energia. Mas o impacto financeiro da tempestade pode acabar caindo
no Programa de Seguros Nacional para Enchentes (National Flood
Insurance Program, em inglês), que é responsável por quase toda a
cobertura de inundações no país. Uma unidade da Agência Federal de
Gestão de Emergências (NFIP, na sigla em inglês), pagou US$ 1,28
bilhão no ano passado em perdas derivadas do furacão Irene,
tornando-a a quarta inundação mais cara da última geração.
Em2012, a maioria das perdas das seguradoras com desastres foram
substancialmente menores, deixando-as com mais capacidade para
absorver os bilhões de dólares em custos esperados com o furacão
Sandy.
“Nós nos planejamos para eventos climáticos como esse, por isso
nos sentimos bem preparados, com recursos estrategicamente
posicionados para rapidamente ajudar os clientes que podem ser
impactados”, disse o porta-voz da Travelers, Mateus Bordonaro,em
entrevista à Reuters.ATravelers é a terceira maior seguradora em
Nova York de seguros pessoais de residências e de automóveis e de
linhas comerciais de seguros.
Bordonaro disse que a empresa também ativou os planos de
continuidade de seus próprios empregados, para poder sustentar as
operações, apesar de ter pessoal agrupado em Nova York e
Hartford.
A Chubb, outra das grandes seguradoras presentes no nordeste do
país, afirmou que vem trabalhando há dias para levar seus
funcionários para mais perto, para que eles estejam posicionados
para responder rapidamente. De acordo com um porta-voz, é
improvável que a condição climática interfira no processamento das
reclamações, mesmo que a empresa esteja sediada em Nova Jersey,
pois a companhia tem um grande centro no Arizona, que pode lidar
com as reclamações.
A State Farm, a maior seguradora de residências e automóveis e
líder de mercado em Nova York e Nova Jersey, disse na tarde de
sábado que tinha agentes e equipes especializadas em catástrofe
esperando a chegada do furacão.
A Allstate, que vem logo atrás da State Farme no mercado de
seguros domésticos e de automóveis, disse que estava colocando suas
equipes de resposta a catástrofes na Carolina do Norte, Pensilvânia
e Virgínia para ser capaz de responder mais rapidamente após a
tempestade. A empresa também está pedindo a seus segurados para
atender as ordens de evacuação, uma vez que um estudo no início
deste ano mostrou que mais de um em cada quatro indivíduos ignoram
esses pedidos até o último momento possível.
A Swiss Re, segunda maior companhia resseguradora do mundo,
espera um custo de vários milhões de dólares, que poderão ser
superiores aos originados pelo furacão Katrina em 2005. No total, o
Katrina custou às seguradoras cerca de 72 bilhões de dólares, e, à
Swiss Re, custou 1,2 bilhão de dólares.