A Superintendência de Seguros Privados (Susep), com auxílio da
Polícia Federal e do Procon do Estado de Pernambuco, deflagrou, na
manhã desta quarta-feira (31), a Operação Prêmio que tem por
objetivo encerrar as atividades de 10 empresas de seguro de
automóveis operando sem autorização legal. Noventa policiais
federais, 11 fiscais da Susep e 12 fiscais do Procon/PE foram
mobilizados para executar a Operação.
Ao todo, serão cumpridos 11 mandados de busca e apreensão, sete
em Caruaru, um em Bezerros, um em Vitória de Santo Antão e dois em
Feira Nova. Paralelamente, ordens judiciais de sequestro de bens
dos responsáveis pelos crimes estão sendo cumpridas nestas cidades,
na Região Metropolitana do Recife e nos estados do Ceará, Paraíba,
Sergipe, São Paulo e Rio de Janeiro.
As medidas cautelares patrimoniais são para assegurar que
terceiros prejudicados, como consumidores, e órgãos punitivos
tenham patrimônio suficiente à disposição para, respectivamente,
eventuais pagamentos de prejuízos financeiros e multas.
A Justiça Federal também determinou a suspensão das atividades
dessas empresas por intermédio de ordens à Receita Federal do
Brasil e à Junta Comercial de Pernambuco. Todas as medidas passaram
pela ciência do Ministério Público Federal que apoiou a ação.
As dez investigações foram iniciadas em março de 2011 e
revelaram a existência de 10 empresas especializadas na prestação
de serviços de seguro veicular para veículos de grande porte e
carros de passeio. Apesar de exercerem atividades típicas de
instituição financeira regulada pela Susep, nenhuma delas possui
autorização para isso, o que configura crime contra o Sistema
Financeiro Nacional. O Procon/PE realizará fiscalização com o
objetivo de apurar se infrações às normas de proteção ao consumidor
estão sendo infringidas, já que essas empresas estão captando
clientes sem poderem operar nesse ramo de negócios.
Nesta fase, a Operação Prêmio tem como objetivo encerrar as
atividades criminosas das empresas, colher mais evidências da
prática dos crimes investigados e sequestrar bens suficientes para
pagamentos de ressarcimentos e multas. Na fase seguinte, oitivas,
exames periciais e análises de dados pela Susep e Procon/PE
complementarão o rol de medidas investigativas, dentro de um ritmo
que permita a conclusão da investigação nos próximos 40 dias.