"Novamente, o reajuste dos planos de
saúde foi feito aleatória e uniformemente, e não levou em conta que
cada operadora tem sua planilha de custos e que a inflação do setor
é muito superior àquela que se baseia na cesta básica e em outros
produtos similares". A avaliação é do presidente da Unimed do
Brasil, Eudes de Freitas Aquino, sobre o índice de 6,73% autorizado
pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), para reajuste das
mensalidades dos planos de saúde.
O executivo defende que a ANS implante o quanto antes o critério de
reajuste diferenciado para as operadoras que tenham melhor
desempenho, conforme estudos em andamento na Agência. "Este rol
acrescenta à cobertura mínima procedimentos sofisticados e caros,
vários deles relacionados a doenças oncológicas, como o exame PET
Scan e a biópsia de tumor do mediastino por vídeo, mas as
operadoras não serão ressarcidas por estes custos adicionais, pelo
menos até o reajuste de 2011", afirma Eudes. Ele argumenta que
as operadoras reconhecem a importância dos novos procedimentos, mas
são empresas ou cooperativas que têm de equilibrar o ingresso de
recursos com os custos de atendimento (sinistralidade). "A cada
novo reajuste que não considera nossos custos e as diferenças entre
as operadoras e seus mercados, aumenta a sinistralidade, o que é um
risco para toda a saúde suplementar nacional, responsável pelo
atendimento de mais de 40 milhões de brasileiros"
O índice de reajuste que passa a vigorar será aplicado ao longo de
12 meses, devendo ser observada a data de aniversário do contrato
do beneficiário. O percentual vale para os planos
individuais/familiares, com cobertura médico-hospitalar, celebrados
a partir de 1999, ou adaptados à regulamentação da Lei nº9.656, que
concentram cerca de 6,5 milhões de clientes.
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