Os serviços de reprodução assistida no Brasil estão alcançaram taxas de fertilização superiores a 70%, revelando a eficácia do serviço oferecido no País. É o que afirma a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no 6º Relatório do Sistema Nacional de Produção de Embriões (SisEmbrio). A média nacional foi de 73% de sucesso em 2012, dentro dos padrões de qualidade sugeridos na literatura internacional (entre 65% e 75%).
No critério taxa de clivagem, que é a divisão que dá origem ao embrião, as clinicas brasileiras também estão bem posicionadas. Em 2012, a taxa nacional ficou em 93%, bem acima dos 80% recomendados.
Em 2012, os serviços de reprodução assistida produziram 93.320 embriões em estágio de divisão celular e realizaram 21.074 ciclos de fertilização in vitro, com um total de 34.964 embriões transferidos para o útero das mulheres. Por serem considerados inviáveis, 25.984 embriões foram descartados.
A 6ª edição do Relatório SisEmbrio pode ser vista na integra no site da Anvisa.
Cenário
Em todo o Brasil, existem 91 Bancos de Células e Tecidos Germinativos, mais conhecidos com clínicas de Reprodução Humana Assistida. O relatório revela que o número de embriões congelados no Brasil em 2012 foi de 32.181. A maior parte deles está em São Paulo, que reúne 42,2% dos congelamentos no País. Em seguida vêm os estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Ceará.
Em relação à doação para pesquisa de células tronco, em 2012 foram doados 315 embriões. As doações vieram de apenas quatro estados: São Paulo (281), Rio de Janeiro (25), Minas Gerais (5) e Goiás (4). O relatório revela ainda que desde a publicação da Lei de Biossegurança (Lei 11.105/05), 3.900 embriões foram destinados para pesquisa no Brasil.