A doença de Parkinson, enfermidade degenerativa que afeta os movimentos, atinge entre 1 e 2% dos brasileiros acima dos 60 anos. Esta porcentagem cresce conforme aumenta a longevidade da população. Para o neurologista Egberto Reis Barbosa, é necessário planejamento público para lidar com os casos, que se tornarão mais frequentes.
"É uma doença de prevalência alta", disse Reis Barbosa à Folha. "A perspectiva é de que a gente tenha um número cada vez maior de indivíduos com a doença".
Apesar de ser incurável, o diagnóstico precoce e o tratamento medicamentoso retardam o progresso da doença e dão qualidade de vida ao paciente com Parkinson. Fatores ambientais, como agrotóxicos, são responsáveis pela maior parte dos casos.
A Academia Brasileira de Neurologia, em parceria com a Roche, lançou o livro "Transtornos do Movimento: Diagnóstico e Tratamento", com recomendações terapêuticas atualizadas e descrição de características que servem para auxiliar médicos em consultórios e ambulatórios.
A edição é assinada por Reis Barbosa, Henrique Ballalai, docente de neurologia Unifesp, e Vitor Tumas, professor do departamento de neurociências e ciências do comportamento da USP.