Em evento no Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, anunciou uma gratificação para médicos que aceitarem trabalhar na periferia da capital e em cidades da Grande São Paulo. O bônus de até 30% foi anunciado em conjunto com o secretário estadual da Saúde, David Uip, nesta sexta-feira (18).
A solenidade serviu para inaugurar o Centro de Pesquisa Clínica e a nova biblioteca do Incor. As obras receberam investimentos de R$ 4,7 milhões da Fapesp, da Fundação Zerbini e da Secretaria de Energia de São Paulo. Quando estiver totalmente equipado, o centro dará suporte a aproximadamente mil estudos clínicos que estão em andamento, bem como futuros estudos em fase de teste em seres humanos – incluindo vacinas contra o HIV e contra a febre reumática.
A construção do Centro de Pesquisa Clínica e Medicina Translacional em Cardiologia e Pneumologia do Incor consumiu R$ 4 milhões de investimentos, ao longo de dois anos. Cerca de R$ 3,3 milhões desse montante vieram da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), por meio do fundo de reserva técnica institucional de infraestrutura do órgão. A contrapartida do Incor no projeto foi de R$ 700 mil, cobertos pela Fundação Zerbini, entidade de apoio financeiro ao Instituto do Coração.
Residentes
Alckmin autorizou ainda a ampliação no número de bolsas de residência médica que o estado oferece anualmente, passando de 5.534 para 6.134. Serão 600 novas vagas já para o próximo ano. O investimento, já com as novas vagas, será de R$ 227,5 milhões por ano. Novas instituições passarão a ser beneficiadas com o programa, passando das atuais 49 participantes para 68 – algumas delas aguardam credenciamento junto à Comissão Nacional de Residência Médica.
As instituições beneficiadas são universidades públicas e privadas, hospitais próprios do estado, autarquias, instituições filantrópicas de saúde, organizações sociais de saúde e hospitais municipais. As especialidades oferecidas serão nas áreas básicas de clínica médica, clínica cirúrgica, ginecologia, pediatria, ortopedia, anestesiologia, neurocirurgia, neurologia, cancerologia, neonatologia, UTI, geriatria e psiquiatria, que hoje são as que mais precisam de profissionais.
Mais salário
Na mesma sexta-feira Alckmin sancionou a lei complementar nº 1.212, que regulamenta a jornada de trabalho dos servidores administrativos da Secretaria de Saúde de São Paulo. Os funcionários administrativos que atuam na pasta estadual passam a ter direito de escolher entre uma jornada de trabalho de 30 ou 40 horas semanais.
Cerca de 22 mil servidores terão direito à escolha de jornada. Para os funcionários que optarem pela jornada de trabalho de 30 horas semanais, não haverá prejuízo salarial. Já os servidores que escolherem a jornada de 40 horas por semana, receberão uma recomposição salarial de 25% sobre o valor do salário base. Com isso, o teto salarial poderá chegar a R$ 5 mil.
A opção é destinada a funcionários concursados, que não atuam em autarquias, e possuem cargos de auxiliar de serviços gerais, oficial administrativo, oficial operacional, oficial sociocultural, analista administrativo, analista de tecnologia, analista sociocultural e executivo público.