Rio -
O motorista pode economizar até R$ 1,5 mil ao pesquisar a melhor
modalidade de seguro para o carro. Levantamento com 320 apólices e
seis perfis mostra que é possível encontrar o serviço mais barato.
Para ajudar os clientes, sites oferecem de graça a cotação de
seguradoras. Páginas como o meuseguromaisbarato.com e a
proteste.org.br fazem o serviço para o consumidor. Os descontos
chegam a 30%.
Foi o
que fez a profissional de relações públicas Maria Elisabeth, 49
anos, que paga atualmente R$ 900 por ano de seguro do seu Uno 2011.
Ela fez busca na internet. “Já encontrei uma apólice igual a minha,
que cobre o básico, por R$ 2,6 mil”, disse a motorista.
Uma
simulação feita pela associação Proteste, para o veículo Toyota
Corolla Xei 2.0, 2012, por exemplo, de um morador do Rio, de 55
anos de idade, 22 anos de habilitação e que usa o carro
diariamente.
Analisando as seguradoras e perfis no
levantamento, o seguro mais barato foi o da SulAmérica (R$ 825),
seguido do oferecido pela HDI (R$ 1.139), depois da Azul (R$ 1.451)
e da Tokio Marine (R$ 2.336).
Quem
tem um veículo mais caro, como o comerciante Giuseppe Miceli, 37
anos, sente ainda mais no bolso o peso do seguro. Ele desembolsava
R$ 4 mil ao ano para o seguro do BMW, e neste ano pagou R$ 6,5 mil.
“Eu tenho corretor para me oferecer seguro mais em conta entre os
serviços completos. Do contrário sairia mais caro”,
disse.
O
mercado de seguros em geral movimenta mais de R$360 bilhões no ano,
com tendência de crescimento. O setor deve ter incremento de 12% em
2014, porém não mais que isso, estima presidente do Sindicato dos
Corretores de Seguros do Rio (Sincor-RJ), Henrique
Brandão.
“É um
resultado baixo. Isso se deve à desaceleração da indústria
automobilística e ao quadro econômico incerto do país”,
avalia.
Maria
Helena, diretora da Escola Nacional de Seguros, comemora as
receitas por ano. “Chegar a esse patamar foi facilitado pelo
aumento da importância do controle das empresas” disse.
Como
as apólices mais vendidas no varejo possuem valores baixos, muitos
corretores apostam nos negócios mais rentáveis, concentrando-se em
ramos com comissões mais elevadas, como automóvel, residência,
saúde e previdência, segundo a Confederação Nacional das Empresas
de Seguros Gerais.
Mas
para a consultora da KPMG, Luciane Magalhães, no longo prazo, o
mercado de varejo pode vir a ser o principal impulsionador do
crescimento sustentável de todos os seguros, gerando oportunidades
de negócios principalmente dos automotivo, de saúde e
afinidades.
“Nessa marcha, destaca a importância de o mercado
segurador atuar fortemente na educação financeira de seus clientes,
de oferecer produtos mais adequados às necessidades do público
emergente, treinando seus profissionais para que haja conhecimento
profundo do segmento de cada cliente”, disse Magalhães.
Palio
está entre os mais roubados
Proprietário de três carros, o empresário Irwing
Araújo, 30 anos, contratou o primeiro seguro para um de seus
veículos, um Range Rover Evoque. Para ele, não é preciso ter um
seguro completo por não compensar. “O índice de roubo para caros
mais caros é pequeno”, acredita.
Segundo a Delegacia de Roubos e Furtos de
Veículos, o Fiat Palio está entre os automóveis mais roubados do
Rio, seguido do VW Polo.
Contratar tudo o que é oferecido por seguradoras
não é a melhor opção. Mas é preciso ter, no mínimo, seis tipos de
coberturas. A primeira é a básica, para colisão, incêndio, roubo ou
furto e alagamento.
As
demais são: de responsabilidade civil facultativa para acidente que
envolve terceiros, por danos materiais, pessoais, por morte e de
acidentes de passageiros por invalidez que asseguram por danos
pessoais.