Crescimento superior a 10% no número de beneficiários em
2014 foi totalmente absorvido pelos sistemas de TI
Onde e como são armazenados
os dados gerados por uma unidade hospitalar são fatores que podem
influenciar uma instituição de saúde a ter – ou não – crescimento
eficiente conforme sua estrutura vai ganhando musculatura. O
armazenamento pode definir também o destino dos beneficiários
atendidos. Isso porque dados inacessíveis por conta de sistemas que
oscilam, servidores que deixam de funcionar e interrupções no
fornecimento de energia tornam procedimentos médicos vulneráveis e
comprometem a qualidade do atendimento prestado. Quando essa
sequência é desencadeada, seja por conta de uma tecnologia obsoleta
ou uma estrutura de TI aquém da demanda de dados, chegou o momento
de investir.
Foi o que fez
a Central Nacional Unimed. No começo
de 2012, a cooperativa decidiu aportar R$ 5,7 milhões na construção
de um segundo data center que
pudesse acompanhar o crescimento pelo qual a empresa passaria. A
nova estrutura de armazenamento e processamento dos dados da
Unidade Pamplona, em São Paulo, dispõe de uma tecnologia que
permite que os dois data centers da empresa funcionem em regime de
complementaridade, ou seja, se um ficar inoperante, o outro assume
a operação dos dados, além de aumentar a capacidade instalada de
armazenamento.
“Ter dados sempre disponíveis e seguros garante que o
atendimento ao cliente não sofrerá com eventuais instabilidades nos
serviços de energia elétrica e de telecomunicações. Da mesma forma,
o uso de tecnologias ainda mais avançadas para proteção de dados
evita fraudes, golpes e vulnerabilidades que possam ocasionar
vazamento de informações privilegiadas de nossos clientes. E a
nuvem torna nossos processos mais ágeis e eficientes”, explica o
presidente da cooperativa, Mohamad
Akl.
Segundo o executivo, a construção do novo
data center faz
parte do plano anual de investimentos em tecnologia da informação
(TI) da empresa e surgiu a partir de uma análise que verificou
aumento no número de beneficiários da empresa entre 2012 e 2014.
“Investimos para reduzir ao máximo os riscos de interrupções dos
serviços, com mais confiabilidade, disponibilidade e segurança.
Somente neste ano, os investimentos em TI totalizaram R$ 16,2
milhões. Em função disso, também ampliamos nossa capacidade de
armazenamento e processamento de dados, para dar conta do
crescimento de nossos negócios”, diz Akl.
O novo data center levou 18 meses para ser construído e
entrou em operação em maio de 2014. O executivo conta que
considerou os impactos que surgiriam com a migração dos dados do
primeiro data center da cooperativa para o novo. Além disso, também
foi utilizado o conceito de “DataCenter verde”, no qual todo o
ambiente é planejado para economizar energia utilizada para o
funcionamento dos servidores, sistema de refrigeração e demais
equipamentos.
“A estrutura dos dois data centers em nuvem
privada nos dá condições de continuar crescendo
sem a necessidade de construir novos centros de processamento. O
crescimento superior a 10% no número de beneficiários em 2014 foi
totalmente absorvido por nossos sistemas de TI, com a capacidade
adicional do novo data center e operacionalidade da nuvem privada,
sem que os clientes, prestadores e sócias tenham enfrentado
problemas técnicos nas transações com a operadora”, detalha o
executivo.