As taxas praticadas nos seguros
patrimoniais pelas seguradoras da América Latina, onde o Brasil é
responsável por metade desse mercado, caíram em média, incluindo o
Caribe, 8,1% no terceiro trimestre de 2014, a maior queda observada
pela corretora multinacional Marsh ao redor do mundo. O seu
recém-divulgado estudo Management Global Insurance revela ainda que
os preços caíram pelo sexto trimestre consecutivo.
O relatório aponta como causas da
redução das taxas o excesso de capacidade de absorção de riscos
pelas seguradoras e resseguradoras, o baixo volume de pagamento de
indenizações vultosas (ausência de grandes sinistros) e a
competição acirrada entre as companhias de seguros. Na América
Latina, especialmente no Brasil, a concorrência nos ramos de
seguros patrimonial tem aumentado significativamente.
O comportamento igualmente de
preços em baixa foi verificado em outras linhas de seguros
corporativos. O estudo cita, por exemplo, o de responsabilidade
civil para instituições financeiras e profissional, que recuaram
2,7% e 1,3% respectivamente. “A tendência não é de recuperação”,
alerta o relatório da Marsh.
A alta capacidade de absorção de
riscos, derivada da elevada liquidez mundial em termos de capital,
é outro fator que tem levado à queda das taxas de seguros, na
avaliação da corretora norte-americana, que detectou uma grande
quantidade de capital procurando alocação e para financiar os
riscos das empresas.
Segundo ainda o relatório Risk
Management Global Insurance, as seguradoras norteamericanas e
europeias têm buscado se estabelecer no Brasil, maior mercado da
região, visando um crescimento mais acelerado que em seus países de
origem. A região da América Latina e Caribe tem visto um interesse
crescente de seguradoras internacionais.