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Saúde dos executivos brasileiros piora por conta da crise

Fonte: Revista Apólice Data: 02 dezembro 2015 Nenhum comentário

A saúde dos executivos brasileiros piorou entre julho de 2014 e julho de 2015. É o que revela um levantamento produzido pela Omint, que avaliou as condições de saúde de 1021 profissionais entre média gerência e o alto escalão de várias das maiores empresas do País.

Desenvolvido e aplicado pelo Núcleo de Saúde e Prevenção (NUSP) da Omint, o levantamento ranqueou as 15 principais doenças que mais afetam estes profissionais e constatou que 12 delas registraram aumento na incidência sobre esta população.

Em 2015, cresceu o percentual de executivos com excesso de peso, ansiosos, hipertensos, colesterol alto e com enxaqueca, entre outros males de saúde. Também aumentou o percentual de executivos com Risco Cardiovascular Aumentado (RCA), condição em que o paciente apresenta sintoma de duas doenças crônicas importantes como diabetes, colesterol alto ou hipertensão arterial: 9% dos executivos apresentam hoje essa condição, enquanto que no ano passado eram 7%.

Males do ofício

 

 A rinite é a principal enfermidade que afeta os executivos no Brasil (32% do total). Para o diretor médico da Omint responsável pelo levantamento, Marcos Loreto, o ar condicionado é o principal fator para o surgimento em escala deste estado de saúde nos profissionais. “Infelizmente a qualidade do ar nas empresas fica muito aquém da desejável, o que favorece o aparecimento da doença, a colocando em primeiro lugar no ranking dos males que mais afetam os profissionais brasileiros”, afirma o executivo.

Ainda pelos mesmos motivos, o ar condicionado, aliado aos carpetes, é responsável pela alergia de pele, que desponta em segundo lugar. “Ficar fechado entre oito ou dez horas em um ambiente com ar condicionado e carpete produz uma condição propicia para o surgimento destes problemas”, completa Loreto.

O excesso de peso, por sua vez, aparece em terceiro lugar, atingindo 20% dos profissionais. Segundo o diretor médico, a junção de uma dieta não equilibrada às longas jornadas de trabalho que limitam a pratica da atividade física provoca esta situação.

Dor no pescoço e nos ombros e problemas oftalmológicos complementam os cinco principais problemas de saúde entre os executivos, com prevalência de 19% e 18,5%, respectivamente.

Vale destacar ainda que, em sexto lugar, aparece a ansiedade. Considerada pela psiquiatria como mal do século 21, a doença atinge 18% dos profissionais avaliados pela Omint. “As pessoas finalmente estão se dando conta da gravidade desta doença que afeta significativamente a qualidade de vida, além de contribuir para o desencadeamento de doenças cardiovasculares”, ressalta Loreto.

Ranking das doenças

TABELA OMINT 1

 

Hábitos

Neste levantamento, foram avaliados também os hábitos de vidas não saudáveis destes profissionais. Enquanto no ano passado 97% indicaram que mantinham alimentação não equilibrada no dia a dia, agora 92,8% afirmam não serem adeptos de uma dieta equilibrada.

O sedentarismo, por sua vez, apresentou uma piora. Se no ano anterior 41,7% se apresentavam sedentários, hoje o percentual saltou para 45% do total dos executivos avaliados pelo estudo.

Apesar de a crise econômica trazer como consequência um cenário mais desafiador no ambiente corporativo, o percentual de executivos estressados se manteve estável, assim como de fumantes: 33% e 11%, respectivamente.

Motivação para mudança

O levantamento da Omint também buscou detectar profissionais motivados para mudar seu estilo de vida. O sedentarismo é o fator que mais motiva as pessoas a mudarem. “Talvez seja a pratica de exercícios seja o mais fácil de se aplicar na rotina, tendo em vista que uma alimentação desequilibrada é reflexo direto dela”, conclui Loreto.

TABELA OMINT 2

 

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