A evolução da tecnologia e o
aumento da interconectividade dos dispositivos digitais têm
resultado em uma maior exposição a ataques cibernéticos pelas
corporações. Segundo o Relatório Global de Impacto Cibernético
2015, produzido pela consultoria e corretora de seguros Aon, as
empresas do ramo farmacêutico, saúde, TI e organizações financeiras
são os principais alvos dos criminosos porque armazenam dados
confidenciais mas, no geral, todas as empresas que usam tecnologia
correm o mesmo risco.
Para proteger essas empresas, as
seguradoras desenvolveram um novo produto, que promete ser uma
tendência para os próximos anos: o seguro cibernético. Esse modelo
é uma forma de assegurar a empresa, no sentido mais direto do
termo, e não apenas uma solução adicional de segurança.
Este tipo de apólice compensa
possíveis perdas financeiras no caso de uma invasão, ressarcindo
financeiramente a empresa que tiver perdas monetárias ou pagando
indenizações a terceiros que se sentirem lesados, no caso de
vazamento de dados.
No Brasil, o seguro cibernético
ainda é recente, foi regulamentado há apenas nove anos pela Susep
(Superintendência de Seguros Privados). Em outros países a prática
já é comum, como nos Estados Unidos, onde 20% das empresas já usam
esse tipo de proteção. É preciso mudar essa cultura no Brasil
e conscientizar sobre a importância da prevenção contra os crimes
cibernéticos.
O Relatório da Aon indica que o
mercado tem muito a crescer. Segundo o estudo, que envolveu 2.243
participantes de 37 países, apenas 19% das companhias no mundo todo
adquirem esse seguro. Se for considerado somente o Brasil, o índice
é inferior a 1%.
A companhia de pesquisas Micro
Market Monitor estima que o mercado latino deve crescer em torno de
17,6% por ano até 2020 e o Brasil responderá por mais da metade dos
investimentos das organizações no continente nos próximos cinco
anos.
Os riscos cibernéticos precisam ser
mais bem explorados pelas seguradoras, já que é um mercado em
ascensão e levando em consideração que seu Core Business é
justamente proteger seus clientes. No caso de um ataque, ter uma
apólice de seguro cibernético é a principal solução para minimizar
perdas.