A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) deve divulgar o percentual máximo de reajuste dos planos de saúde individuais nos próximos dias. O setor evita estimar o índice de aumento a ser autorizado, porém, de acordo com a Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), a variação dos custos médico-hospitalares em 2015, no Brasil, registrou uma alta de 19,3%, segundo um levantamento feito pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). No ano passado, o aumento das mensalidades dos contratos atingiu 8,6 milhões de beneficiários.
Isso não significa, porém, que o limite máximo autorizado pela ANS será de 19,3% ou próximo disso. No ano passado, por exemplo, a inflação médica calculada pela Abramge chegou a 17,1% (referente a 2014), mas a ANS autorizou um aumento de até 13,55% para os planos de saúde individuais ou familiares, contratados a partir de janeiro de 1999.
De acordo com a associação, os elevados custos do segmento, com a incorporação de novas tecnologias, e o envelhecimento da população têm pressionado as operadoras de planos de saúde. A Abramge afirmou, ainda, que a inflação médica, em todo o mundo, é maior do que a inflação geral do país, e o reajuste de preços autorizado pela ANS tem ficado abaixo dos cálculos do setor. Em 2015, o IPCA, inflação oficial do país, ficou em 10,67%.