Estudo aponta sobre os impactos do
envelhecimento da população brasileira na saúde suplementar e como
o fim do bônus demográfico pode representar um risco, mas, também,
uma oportunidade para o setor.
O fato é que a projeção acende uma
luz amarela para os gestores do sistema de saúde. Indicando
sobretudo a necessidade de redimensionamento da rede de
atendimento. De acordo com o TD 57 – “Atualização das projeções
para a saúde suplementar de gastos com saúde: envelhecimento
populacional e os desafios para o sistema de saúde brasileiro” –, o
envelhecimento da população deve mais que dobrar a quantidade de
internações de beneficiários com 59 anos ou mais.
Isso significa que, apenas para
essa faixa etária, o total de internações irá saltar de 2 milhões,
em 2014, para 4,1 milhões em 2030. Incremento de 105%.
A projeção, mesmo analisada
isoladamente, preocupa. Até porque, esse é o grupo de beneficiários
com maior prevalência de doenças crônicas (como diabetes e
hipertensão arterial), que demandam mais atenção, recursos e,
consequentemente, mais gastos. Soma-se aí, ainda, um aumento de
mais de 100% em todos os grandes grupos de procedimentos: o total
de consultas deve saltar de 43,1 milhões para 86,6 milhões; o
número de terapias irá aumentar de 25,6 milhões para 51,8 milhões;
e a quantidade de exames irá avançar de 204 milhões para 411,8
milhões.
Frente a este cenário, ganha peso,
também, dar atenção às ações de promoção da saúde. Mudança
necessária não só do ponto de vista da sustentabilidade do setor,
mas, principalmente, para que a população tenha mais qualidade de
vida para aproveitar esse aumento da longevidade. O estudo
“Promoção da Saúde nas Empresas”, produzido para nós pelos
especialistas Alberto Ogata e Michael O’Donnell, indica caminhos e
ferramentas para o aprimoramento de ações nesse sentido.
O TD 57 ainda traz as projeções de
crescimento do total de beneficiários, dos custos assistenciais
(que devem quase quadruplicar) e de utilização da rede pelas demais
faixas etárias.