“O mercado de planos de saúde no Brasil ainda é muito heterogêneo e com grande pulverização, especialmente entre as empresas de menor porte”, aponta o superintendente executivo do IESS, Luiz Augusto Carneiro. “Vários fatores podem estar pesando na diminuição da quantidade de operadoras, mas, sem dúvida, uma das principais causas está na escalada de custos e na dificuldade dessas empresas para manter seu equilíbrio financeiro e assistencial”, afirma.
O comportamento de mercado é semelhante nas das operadoras de planos exclusivamente odontológicos. De junho de 2015 a junho de 2016, o total de operadoras desse tipo com beneficiários recuou 6%, caindo de 332 para 312. Considerando os números desde 2011, quando haviam 372 operadoras exclusivamente odontológicas ativas e com vínculos, a retração foi de 16,4%.
De acordo com o boletim, hoje, há 1.310 operadoras em atividade no País: 198 operadoras sem beneficiários, 312 operadoras exclusivamente odontológicas com beneficiários e 800 operadoras médico-hospitalares com beneficiários. Destas, pouco mais de um quarto (26,7%) possuem até 5 mil beneficiários. Por outro lado, apenas 21 operadoras (1,6%) atendem mais de 500 mil vínculos, sendo que 14 delas se concentram na região sudeste do País.
O Sudeste, aliás, concentra a maior parte das operadoras com beneficiários: 811 operadoras ou 61,9% do total. Além disso, a região também concentra 59,6% das operadoras que atendem beneficiários. O que equivale a 663 das 1.112 operadoras com vínculos ativos. O sudeste concentra, ainda, 61,7% dos 48,5 milhões de beneficiários de planos médico-hospitalares e 56,6% dos 21,9 milhões de beneficiários de planos exclusivamente odontológicos.