Dispositivos da Apple dominam o campo médico, segundo pesquisa feita com mais de 550.000 assinantes da Bulletin Healthcare
A Bulletin Healthcare, um serviço de notícias médicas, examinou os hábitos de leitura de seus mais de 550.000 assinantes e descobriu que a grande maioria dos profissionais de saúde está usando dispositivos com base no iOS da Apple para acessar seus e-mails diariamente. O Android apareceu em um "distante" segundo lugar. Esses dados foram coletados em um período de nove meses, entre 1º de junho de 2010 e 28 de fevereiro de 2011.
A Bulletin Healthcare relatou que durante o período de teste, o uso de dispositivos móveis para acessar o conteúdo cresceu em 45%. A conclusão é que praticamente 30% dos profissionais da saúde estão usando dispositivos móveis para consumir conteúdo, com 70% ficando com desktops.
Segundo um comunicado de Bill Mulderry, presidente da Bulletin Helthcare: "Combinados, o iPhone e o iPad têm mais de 90% da parcela de uso em fevereiro, enquanto o Android teve apenas 6%, e outras plataformas como a RIM e a Palm mal foram registradas".
Isso não significa que a detenção da Apple no campo médico é absoluta. Na verdade, o uso do iPhone por profissionais médicos caiu de 86% para 79% e o uso de dispositivos Android dobrou durante o período de teste. O iPad pulou de 8% para 14% durante o mesmo período.
"Apesar do longo período da Apple no mercado, ficamos surpresos pela ampla margem entre ela e os outros dispositivos", disse Mulderry.
Isso não reflete a tendência no mercado consumidor. Recentemente foi reportado pela Nielsen que a parcela do mercado de smartphone do Android nos Estados Unido havia passado as parcelas da Apple e da RIM. Android com 48% do mercado, enquanto o iOS e o BlackBerry apareceram com 31% e 18%, respectivamente.
Talvez a parte mais interessante seja a divisão de uso de dispositivos móveis em diferentes especialidades médicas.
Os dados do relatório mostraram que 41% dos médicos assistentes e 40% dos médicos de prontos socorros usam a tecnologia todos os dias. Inversamente, apenas 20% dos oncologistas e 16% dos patologistas clínicos estão usando a tecnologia móvel. O resto dos campos de especialidades ficam entre 24 e 31%.
Segundo Donatello: "A análise sugere inúmeras oportunidades para futuras pesquisas sobre o valor da informação móvel para médicos. Esperamos alavancar essa relação exclusiva da Bulletin Healthcare com esse público para dar uma visão do valor tanto para fornecedores quanto empresas que atendem o mercado de saúde".
O que seria interessante de observar nos próximos doze meses é como novas plataformas - tais como Android 3.0 Honeycomb e o PlayBook OS da RIM - se saem no mercado. O Android teve um início decididamente lento e precisa de mais suporte dos desenvolvedores para se levantar.
O BlackBerry PlayBook - que sai à venda no dia 19 de abril - teve críticas nada favoráveis, mas muitos profissionais móveis (especialmente os usuários do BlackBerry) provavelmente darão uma chance a ele.
Resta saber se ambas plataformas podem conquistar uma presença significativa no campo médico (e maior empresa do mercado) dado a posição dominante da Apple.
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