As seguradoras estimam que, do
total de indenizações pagas na carteira de veículos, algo em torno
de 10% ou 12% são fraudes. Segundo o diretor Executivo da Federação
Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), Julio Cesar Rosa, não chega a
2% ou 3% desse volume o percentual de fraudes constatadas e
comprovadas, o que permite à seguradora negar a indenização. “O
restante é pago, mesmo se houver o sentimento de que não deveria
ocorrer esse pagamento, mas não tem como provar”, afirmou o
executivo, em entrevista ao CQCS, durante o 2º Seminário de
Prevenção e Combate a Fraudes, realizado pela Fenseg, nesta
quarta-feira (28/09), em São Paulo.
Ele que o evento superou as
expectativas dos organizadores. Foi muito bom, deu tudo certo,
comemorou.
Para Julio Cesar Rosa, o mais
importante foi poder “criar uma sinergia de relacionamento” com
autoridades do setor de Segurança Pública, que puderam ver de perto
como funciona o mercado de seguros.
Na visão do diretor da Fenseg, é
fundamental realizar esse tipo de evento, que propicia o diálogo
com os governantes, além de unir forças e metodologias, a partir da
troca de informações. “Assim, faremos o fraudador pensar um pouco
mais antes de agir, o que fará com que não tenhamos mais tantas
fraudes como agora”, frisou.
Já o gerente Operacional da
Diretoria de Veículos do Detran-SP, Eduardo Rangel, disse que esse
evento foi “fundamental”, por aprofundar o relacionamento entre o
mercado de seguros e as autoridades das áreas de Trânsito e de
Segurança Pública. “Constatamos que muitas fraudes no processo de
regularização de veículos têm como objetivo fraudar o seguro.
Então, essa troca de informação é muito positiva,
comentou.
Ele acrescentou que a fraude mais
comum é feita na emissão de documentos, com os criminosos
elaborando esquemas para “montar” um veículo de sucata para cometer
irregularidades.
Por sua vez, o chefe da área de
Trânsito da PM de São Paulo, tenente-coronel Arnaldo Pazetti,
sugeriu algumas precauções na compra de um veículo usado. “O mais
importante é verificar se o veículo está registrado no nome do
vendedor. Além disso, é preciso consultar eventuais débitos”,
aconselhou.