Medida determinada pela ANS protege beneficiários; 35 produtos
de sete operadoras terão comercialização proibida Trinta e cinco
planos de saúde de sete operadoras estão com a comercialização
suspensa a partir desta sexta-feira (17/03). A medida foi
determinada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em
função de reclamações relativas à cobertura assistencial, como
negativas e demora no atendimento, recebidas no 4º trimestre de
2016. A ação faz parte do monitoramento periódico realizado pela
ANS pelo Programa de Monitoramento da Garantia de Atendimento.
“O Monitoramento é um dos instrumentos da ANS para garantir o
correto atendimento aos beneficiários dentro dos prazos
estabelecidos pela Agência. A medida tem se mostrado eficaz
especialmente quando evitamos, por meio da suspensão, o ingresso de
novos consumidores em planos que não estão atendendo seus clientes
de forma satisfatória. Agindo preventivamente, alertamos as
operadoras para a urgência na adoção de medidas para a melhoria da
assistência prestada”, esclarece a diretora de Normas e Habilitação
dos Produtos, Karla Santa Cruz Coelho”.
Resultados do 4º trimestre de 2016
No período de 01/10 a 31/12/2016, a ANS recebeu 16.169
reclamações de natureza assistencial em seus canais de atendimento.
Desse total, 12.946 queixas foram consideradas para análise pelo
programa de Monitoramento da Garantia de Atendimento. São excluídas
as reclamações de operadoras que estão em portabilidade de
carências, liquidação extrajudicial ou em processo de alienação de
carteira, cujos planos não podem ser comercializados em razão do
processo de saída ordenada da empresa do mercado. No universo
avaliado, 89,1% das queixas foram resolvidas pela mediação feita
pela ANS via Notificação de Intermediação Preliminar (NIP), o que
garantiu a solução do problema a esses consumidores com
agilidade.
Os planos de saúde suspensos possuem juntos cerca de 230 mil
beneficiários. Estes clientes continuam a ter a assistência regular
a que têm direito, ficando protegidos com a medida, uma vez que as
operadoras terão que resolver seus problemas assistenciais para que
possam receber novos beneficiários.
Das sete operadoras com planos suspensos neste ciclo, três já
tinham planos suspensos no período anterior (3º tri), e quatro não
constavam na última lista de suspensões. Paralelamente, 10
operadoras poderão voltar a comercializar 46 produtos que estavam
impedidos de serem vendidos. Isso acontece quando há comprovada
melhoria no atendimento aos beneficiários. Das 10 operadoras, sete
foram liberadas para voltar a comercializar todos os produtos que
estavam suspensos, e três tiveram reativação parcial.
A medida é preventiva e perdura até a divulgação do próximo
ciclo. Além de terem a comercialização suspensa, as operadoras que
negaram indevidamente cobertura podem receber multa que varia de R$
80 mil a R$ 250 mil.
Resumo dos Resultados do Programa de Monitoramento – 4º
tri/2016
7 operadoras com planos suspensos 35 planos com comercialização
suspensa 229.082 mil consumidores protegidos 46 planos reativados 7
operadoras com reativação total de planos (25 produtos) 3
operadoras com reativação parcial de planos (21 produtos)
Informações detalhadas por operadora e por faixa de
classificação
Os beneficiários também podem consultar informações do programa
de monitoramento por operadora, conferindo o histórico das empresas
e verificando, em cada ciclo, se ela teve planos suspensos ou
reativados.
Para dar maior transparência e possibilitar a comparação pelos
consumidores, a ANS disponibiliza ainda um panorama geral com a
situação de todas as operadoras, com a classificação das empresas
nas quatro faixas existentes (que vão de 0 a 3).
Clique aqui e confira a lista de planos suspensos e as informações
completas no site da ANS.