Rio de Janeiro, 22/03/2017 – Os
títulos de capitalização nas modalidades Tradicional, Incentivo e
Popular registraram a distribuição de R$ 1,1 bilhão em prêmios de
sorteios em 2016, uma expansão de 8,28% em relação ao ano de 2015.
Os dados são da Federação Nacional de Capitalização (FenaCap).
Na análise por modalidade, o produto
Tradicional atingiu uma arrecadação de R$ 17 milhões. O Garantia
Locatícia, uma categoria da modalidade Tradicional, registrou um
crescimento de 11,2%, tornando-se a opção para cerca de 18 mil
clientes que escolheram esse tipo de garantia, em substituição ao
fiador, na hora de alugar um imóvel. O produto Popular representa,
hoje, 6,5% do segmento e é uma opção para consumidores que enxergam
no sorteio uma forma de realizar ou antecipar seus planos. Por fim,
a modalidade Incentivo, que representa 8,1% do segmento e está cada
vez mais se consolidando como alternativa para empresas que
pretendem promover ações promocionais.
“O balanço do segmento mostra que os
clientes buscam a capitalização para desenvolver a disciplina de
juntar dinheiro e resolver algumas questões objetivas, como alugar
um imóvel, fidelizar clientes, incentivar a filantropia, entre
outras ações. Com a queda da inflação e dos juros, nossa
expectativa é de uma retomada da economia, ainda em 2017 e as
empresas estão se preparando de forma positiva para atender a novas
demandas”, diz Marco Antonio da Silva Barros, presidente da
FenaCap.
Ainda de acordo com o balanço, os
resgates realizados antecipadamente, ou ao final do prazo de
capitalização registraram um crescimento de 14,5%, alcançando os R$
19 bilhões. Os números reforçam que os clientes estão recorrendo às
suas economias com o propósito de atravessar o período de recessão.
Ainda assim as reservas do setor se mantiveram praticamente no
mesmo patamar, com redução apenas ao fim de 2016. “Isso demonstra
que as pessoas têm procurado manter o dinheiro guardado e só
resgatam antes do prazo no caso de emergências financeiras”, avalia
Marco Barros. As provisões técnicas – valores acumulados pelos
clientes e que são resgatados ao fim do prazo de vigência dos
títulos – ultrapassaram os R$ 29 bilhões. E a receita das 17
empresas que compõem a federação foi de R$ 21 bilhões.