As carteirinhas dos planos de saúde vão ter
em breve o número do Sistema Único de Saúde (SUS) do usuário.
Segundo o ministro da Saúde Alexandre Padilha a resolução da
Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) visa a integração dos
sistemas de informação do SUS e dos planos de saúde.
A informação foi divulgada pelo ministro na abertura da 16ª
Conferência Municipal de Saúde em São Paulo nesta terça-feira (28).
O ministério e a ANS não souberam informar quando a resolução será
implantada.
"Quando você integra o sistema, o SUS ganha porque pode cobrar o
ressarcimento dos procedimentos e os planos de saúde ganham porque
podem acompanhar o que foi feito no paciente pelo SUS e com isso
ter as informações para melhor tratá-lo", explicou Padilha.
Segundo dados do ministério, atualmente 90% dos 45 milhões de
usuários de planos de saúde no Brasil realiza procedimentos de alta
complexidade no SUS.
O ressarcimento neste primeiros seis meses de governo foram,
segundo Padilha, maiores do que nos últimos 3 anos, cerca de R$ 68
milhões.
Verbas para saúde básica
Segundo Padilha, uma das prioridades da presidenta Dilma é ter um
grande programa de investimento na atenção básica de saúde, além da
verba, R$ 2 bilhões e meio, já estipulada pelo PAC 2 na construção
de 8 mil unidades básicas de saúde.
O programa tem uma verba de 400 milhões para reformas e adequações
das unidades de saúde dos municípios. Padilha afirmou que o
ministério está disposto a dobrar o que repassa hoje para uma
equipe de saúde da família dos municípios desde que essa equipe
seja acompanhada de indicadores de qualidade.
Serão avaliadas a produção dessas equipes, se a unidade fica aberta
o dia todo e o acompanhamento de doenças crônicas como o diabetes e
a hipertensão. A satisfação do usuário também será levada em
conta.
"Nós vamos estimular quem faz bem. Até o final do ano 20% dessas
unidades já devem estar no programa, a meta até 2014 é que 80%
esteja inserida", disse Padilha.
Esta iniciativa a foi lançada na Marcha dos Prefeitos e as
secretarias de saúde tem até agosto para inscrever as unidades de
saúde selecionadas. Atualmente o ministério repassa cerca de R$ 7
mil para as equipes e em cada unidade há de 3 a 5 equipes. Após as
inscrições haverá dois meses de certificação feita pelo ministério
junto com universidades.
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