Cirurgiões cardiovasculares que operam em hospitais privados e filantrópicos ameaçam rescindir contrato com planos de saúde a partir de 8 de agosto, no Rio. A categoria alega que há oito anos não há reajuste. A suspensão das cirurgias atinge o Bradesco Saúde e Geap, além de planos de autogestão, como Banco Central e Companhia Estadual de Águas e Esgoto (Cedae). As informações são do jornal Estado de S. Paulo.
Em 2010, em movimento semelhante, os cirurgiões ameaçaram deixar de operar pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Conseguiram reajuste.
Segundo a CardioCoop, cooperativa que reúne os cirurgiões que atuam no Estado, esses planos pagam muito abaixo do SUS. Alguns chegam a pagar R$ 750 para uma equipe inteira.
De acordo com a publicação, a CardioCoop informou que outros planos fecharam acordo, como Assim, Amil, Golden Cross, Unidas (que reúne empresas de autogestão). E as negociações com a Unimed avançam.
Outros Estados
Em São Paulo, onde as cirurgias cardiovasculares são realizadas em 42 cidades, as negociações não foram interrompidas.
Segundo a cooperativa de São Paulo, a maior parte dos convênios quer pagar valores da tabela da Associação Médica Brasileira, de 1990, que foi substituída em 2004 pela Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos.
De acordo com a Federação Brasileira das Cooperativas dos Cirurgiões Cardiovasculares, o movimento por reajustes atinge 16 Estados. E conta que na Bahia os convênios foram suspensos há oito anos. Alguns renegociaram. Outros esperam que os beneficiários obtenham liminares, porque não têm autonomia para negociar regionalmente, como o Bradesco. Por esse método, há mais burocracia para o paciente, mas a resolução sai em dois ou três dias.