A administração de um comprimido de rivaroxabana (princípio ativo do medicamento anticoagulante Xarelto®, da Bayer HealthCare Pharmaceuticals), uma vez ao dia, é eficaz na prevenção de acidente vascular cerebral (AVC) em pacientes com fibrilação atrial (FA), um tipo comum de arritmia cardíaca. A constatação é do estudo ROCEKT AF publicado nesta semana no New England Journal of Medicine.
O estudo comparou a ação da rivaroxabana com o tratamento padrão atual à base de varfarina em pessoas portadoras de FA, para as quais é recomendado o uso contínuo de um anticoagulante.
Os testes de superioridade apontaram que em pacientes recebendo rivaroxabana os resultados foram significativamente melhores em comparação com aqueles que receberam a varfarina, com uma redução de risco de 21% para AVC e embolia sistêmica não SNC (sistema nervoso central).
Quanto ao aspecto da segurança do tratamento, os pacientes que utilizaram rivaroxabana apresentaram menos eventos hemorrágicos e um número significativamente menor de hemorragia intracraniana (HIC), em comparação com a varfarina.
No estudo ROCKET AF, a rivaroxabana foi associada a resultados cardiovasculares favoráveis, enquanto os pacientes estavam em tratamento, com uma redução de risco estatisticamente significativa de 15%, na composição de AVC, embolia sistêmica, infarto do miocárdio e morte vascular.
Além disso, a rivaroxabana mostrou uma tendência a taxas menores de infarto de miocárdio, morte vascular e todas as causas de mortalidade em comparação com a varfarina.
Fibrilação atrial (FA)
A fibrilação atrial é o distúrbio mais comum do ritmo cardíaco e afeta mais de 6 milhões de pessoas na Europa, mais de 2,3 milhões de pessoas nos EUA e mais de 800 mil pessoas no Japão. Em pacientes com fibrilação atrial, o batimento cardíaco irregular torna-os vulneráveis à formação de um coágulo de sangue nos átrios. Esses coágulos podem viajar para o cérebro por meio do sistema circulatório, resultando em um AVC.
O AVC causa danos ao cérebro e pode resultar em incapacidade física e comportamental, ou mesmo morte. Pessoas com fibrilação atrial correm um risco cinco vezes maior de AVC em comparação com a população em geral. Cerca de um terço desses pacientes sofrerá um derrame cerebral.