Instituído em 2005, o Dia Mundial do Câncer é celebrado todo dia
4 de fevereiro por diversos países. Criada pela União Internacional
para o Controle do Câncer (UICC), a data foi criada para aumentar a
conscientização sobre a doença, uma das principais causas de morte
no Brasil e no mundo.
O objetivo da campanha, este ano, é derrubar mitos relacionados
à doença:
- MITO Nº 1: O câncer é apenas um problema de saúde - na
verdade, ele engloba também questões sociais, econômicas, de
direitos humanos e relativas ao desenvolvimento dos países.
Aproximadamente 47% dos casos e 55% das mortes pela doença ocorrem
nas regiões menos desenvolvidas do globo.
- MITO Nº 2: O câncer é uma doença de pessoas de idade e de
países ricos. A verdade é que a enfermidade afeta países ricos e
pobres, além de pessoas de todas as idades. Mas alguns tipos de
tumor, como o de colo de útero, por exemplo, causam mais mortes
(85% das 275 mil registradas todo ano) nos países em
desenvolvimento.
- MITO Nº 3: O câncer é uma sentença de morte. A verdade é que
muitos tipos de câncer que já foram considerados dessa forma hoje
podem ser curados ou tratados de forma eficaz.
- MITO Nº 4: O câncer é meu destino. A verdade é que, com
estratégias adequadas, cerca de um terço dos tipos mais comuns de
câncer pode ser prevenido.
Metas para 2025
Segundo a União para o Controle Internacional do Câncer (UICC) e
a Agência Internacional para Pesquisa sobre o Câncer (Iarc), 1,5
milhão de vidas que seriam perdidas para o câncer poderiam ser
salvas por ano se medidas decisivas fossem tomadas para alcançar a
meta da Organização Mundial da Saúde (OMS) de "25 em 25": reduzir
em 25% as mortes prematuras devidas a doenças não transmissíveis
(DNT) até 2025.
A cada ano, 4 milhões de pessoas morrem prematuramente de câncer
em todo o mundo (na faixa etária de 30 a 69 anos). A menos que
sejam tomadas medidas urgentes para aumentar a conscientização
sobre a doença e desenvolver estratégias práticas para lidar com o
câncer, em 2025 essa tendência deve aumentar a alarmantes 6 milhões
de mortes prematuras por ano devido ao câncer.
"A estimativa de 1,5 milhão de vidas perdidas por ano para o
câncer que poderiam ser evitadas deve servir para fortalecer os
nossos esforços na implementação da meta da Organização Mundial da
Saúde (OMS) de "25 em 25"", disse Christopher Wild, diretor do
Iarc.
"Há, agora, a necessidade de um compromisso global para ajudar nos
avanços na implementação política e encorajamento da aplicação
abrangente dos Planos Nacionais de Controle do Câncer. Se quisermos
obter sucesso nisso, temos uma responsabilidade coletiva de apoiar
países de baixa e média renda que estão tratando de uma epidemia de
câncer com recursos insuficientes."
Um milhão e meio de vidas perdidas por ano representam 25% dos
cerca de 6 milhões de mortes prematuras de câncer que ocorrerão até
2025, e a cifra de 6 milhões baseia-se em projeções populacionais
de números atuais e envelhecimento.