Ter uma boa noite de sono é fundamental para a saúde, mas, para
muita gente, conseguir dormir oito horas por noite parece um luxo.
O problema, segundo um novo estudo que sairá na edição impressa de
maio do periódico Appetite, pode estar na variedade do
cardápiodieta. A descoberta foi feita por pesquisadores de
diferentes instituições, como a Center for Sleep and Circadian
Neurobiology, na University of Pennsylvania, nos Estados
Unidos.
Cerca de 4.500 pessoas, que faziam parte do National Health and
Nutrition Examination Survey (NHANES), foram divididas em quatro
categorias: aquelas que dormiam menos de cinco horas por noite,
aquelas que dormiam entre cinco e seis horas por noite, aquelas que
dormiam sete ou oito horas por noite e aquelas que dormiam mais de
nove horas por noite. Os especialistas também obtiveram informações
sobre os hábitos alimentares dos participantes.
Os resultados mostraram que os indivíduos que tinham uma dieta
mais variada estavam mais propensos a fazer parte do grupo que
dormia oito horas, tempo de sono considerado normal para um adulto
saudável. Já aqueles que não investiam em pratos variados
apresentaram maior chance de estar no grupo de pessoas que dormiam
pouco. Eles afirmam também que quem dorme pouco tem um risco maior
de diabetes, doenças cardiovasculares e obesidade, enquanto que
dormir demais pode estar associado à depressão.
Para os autores, melhorar a oferta de nutrientes para o
organismo melhora, entre outras coisas, o sono. Dentre esses
nutrientes, os que ganharam destaque foram: licopeno, presente no
tomate; vitamina C, presente na laranja; selênio, presente em
nozes; teobromina, encontrada no chocolate e ácido láurico,
presente no óleo de coco.