A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a
suspensão da fabricação, comercialização e distribuição de álcool
líquido no País. Publicada na edição de segunda-feira do Diário
Oficial da União, a resolução provocou polêmica no setor produtivo.
Produtores afirmam que a medida não tem valor legal. "O assunto
ainda está sob análise da Justiça, a Anvisa não poderia agir antes
de uma decisão", afirmou o porta-voz da Associação Brasileira dos
Produtores e Envasadores de Álcool (Abraspea).
O embate começou em 2002, quando a Anvisa, pela primeira vez,
editou uma resolução determinando a proibição da venda de álcool
líquido. A medida tinha como objetivo reduzir acidentes como
queimaduras e ingestão acidental do produto. Na época, associações
das empresas ingressaram na Justiça pedindo a nulidade da
resolução. Ano passado, a Justiça concluiu que a resolução da
Anvisa era válida.
A Abraspea entrou com recurso, que ainda está sob análise. Para
a Anvisa, o recurso não suspende a validade da decisão da Justiça.
A Abraspea discorda. Uma outra ação foi interposta, justamente para
definir se o recurso apresentado tinha poderes de suspender a
decisão da Justiça. De acordo com a assessoria de imprensa do
Tribunal Regional Federal da Primeira Região, onde o assunto está
em análise, não há prazo para que as ações sejam
analisadas.
Indicação
O presidente da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamento,
Ivo Bucaresky, foi indicado para assumir a vaga de Agnelo Queiroz
na Anvisa. A indicação era esperada há pelo menos um ano. Bucaresky
agora terá de ser sabatinado no Senado.