Médicos de pelo menos oito estados e do Distrito Federal vão
suspender o atendimento a pacientes de planos de saúde nesta
quinta-feira (25) em protesto contra as operadoras. O Conselho
Federal de Medicina (CFM) informou que as consultas que já
estiverem agendadas serão remarcadas e os atendimentos de urgência
e emergência nos prontos-socorros não serão afetados.
Nesta quarta, representantes dos médicos entregaram uma pauta
com reivindicações à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS),
órgão que regula os planos de saúde no país.O protesto dos médicos
contra os planos de saúde acontece pelo terceiro ano consecutivo.
Entre as reclamações, a categoria pede honorários médicos “dignos”,
com reajustes que, segundo nota do CFM, são previstos por
contrato.Os médicos reclamam também do que eles chamam de
“interferência no trabalho médico, no momento do diagnostico e da
prescrição”. Os planos de saúde, muitas vezes, não cobrem exames ou
tratamentos recomendados pelos médicos, o que afeta a qualidade do
serviço prestado.Alagoas, Bahia, Distrito Federal, Goiás, Minas
Gerais, Piauí, Rondônia, São Paulo e Sergipe terão a suspensão dos
atendimentos. Nos demais estados, a manifestação dos médicos será
feita de outras maneiras – as entidades médicas do Acre, de Mato
Grosso do Sul e de Santa Catarina ainda não tinham avisado ao CFM
que medidas tomariam até as 8h30 desta quinta.Rio Grande do SulO
CFM informou na quarta-feira que haveria suspensão dos atendimentos
no Rio Grande do Sul, mas a informação foi corrigida pelo sindicato
local, que afirmou que o protesto se resumiria à "denúncia" de
problemas enfrentados pelos médicos frente aos planos de saúde. A
informação foi corrigida às 9h09.São PauloEm São Paulo, dentistas e
fisioterapeutas também aderiram ao protesto dos médicos e
suspenderam os atendimentos.
Desde as 7h, as categorias faziam panfletagem na Avenida
Paulista para explicar os motivos da paralisação. Às 10h, os
profissionais de saúde vão se encontrar em frente ao prédio da
Gazeta. Durante o ato, 10 mil balões pretos serão soltos.O Conselho
Federal de Odontologia afirmou que não há uma manifestação prevista
pelos dentistas em nível nacional. Já o Conselho Federal de
Fisioterapia e Terapia Ocupacional não soube informar se haveria
uma mobilização nacional da categoria.