Defensor público tira dúvidas dos
telespectadores do SPTV sobre questão. Casos só foram resolvidos
após intervenção judicial.
Usuários de planos de saúde de São Paulo reclamam de dificuldades
para serem atendidos em hospitais particulares. São muitas
reclamações contra os planos, como negativa de cobertura, demora
para agendar uma consulta, revisão de planos antigos e alteração da
rede credenciada. O caminho encontrado, muitas vezes, tem sido
recorrer à Justiça
A dona de casa Esmeralda de Castro Magalhães Carvalho, de 50 anos,
é diabética e precisou ser internada no hospital porque o nível de
glicemia estava muito alto. Três dias de espera e o convênio não
liberou a papelada. “Não podia ser internada, porque o computador
estava fora do ar e eles tinham problema no administrativo”. Ela
teve que assinar a própria internação, assumindo o compromisso de
pagar pelo tratamento. Agora, o plano alega que não recebeu as
mensalidades, mas Esmeralda tem todos os comprovantes. Ela procurou
a Defensoria Pública do Estado de São Paulo que conseguiu que o
convênio retomasse o atendimento.
Ainda falta um juiz decidir se ela deve receber de volta os quase
R$ 5 mil que gastou e mais a indenização por danos morais. “Eu
soube procurar a Defensoria, mas tem gente que não sabe. Fica de
exemplo então para elas que elas podem procurar alguém para
ajudá-las. Espero que o juiz faça justiça”, diz Esmeralda.
A filha de Leonice Gercina de Lima sofre de paralisia cerebral e
era atendida por “home care”. Em 2007, o plano de saúde cortou o
serviço. “Eles alegaram que ela andava e que não precisava de
atendimento em casa”, conta Leonice. A única esperança de Leonice
era recorrer à Justiça. Ela entrou com uma ação exigindo o
atendimento em casa e conseguiu. “Veio fisioterapeuta, veio
fonoaudióloga, tem nutricionista em casa, enfermagem que vem uma
vez por mês e o médico. É uma necessidade, não é um luxo”, completa
a mãe.
Defensoria Pública
A Defensoria Pública atende famílias com menos de três salários
mínimos de renda mensal e pode entrar com ações na Justiça para
defesa de direitos; atuar em processos em andamento; defender os
direitos de pessoas que estão sendo processas e promover acordos e
conciliações entre pessoas em conflito para evitar processo na
Justiça.
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