Cerca de 31% das famílias brasileiras pagam
por assistência médica, com a seguinte estratificação social: nas
classes A/B, 59% possuem plano de saúde, 31% na classe C e 14% nas
classes D/E.
Quando se trata de previdência privada, no entanto, além do baixo
alcance em âmbito nacional (4%), verifica-se que o produto atinge
10% das classes A/B, 4% da classe C e apenas 1% das classes
D/E.
O estudo foi apresentado pela Kantar Worldpanel, consultoria
internacional especializada em mapear tendências de consumo, no V
Fórum Nacional de Vida e Previdência Privada, em painel realizado
ontem (15/09) pela manhã, em São Paulo.
De acordo com o presidente da Fenaprevi, Marco Antonio Rossi, o
levantamento comprova que há um grande espaço para crescimento da
previdência privada no país. “Temos uma grande oportunidade de
expandir a presença nas famílias de maior renda e também entre os
domicílios da classe C”, analisa Rossi.
Para o executivo, a mudança no padrão da pirâmide etária brasileira
é outra janela de oportunidade. “A população está envelhecendo
rapidamente e a manutenção do padrão de vida dependerá da
capacidade de poupança durante a fase laboral”, diz.
Hoje, os investimentos em previdência privada são maiores no
segmento dos indivíduos entre 40 e 49 anos. Nessa faixa etária, as
contribuições anuais para formação de poupança de longo prazo são
de R$ 1.270,00, montante 9% superior à média da contribuição anual
do Brasil.
Os indivíduos com 50 anos ou mais ficam em segundo lugar no ranking
de aportes, com contribuições 2% maiores que a média do país.
Uma das possíveis explicações, segundo a Fenaprevi, é que os
indivíduos com mais de 40 anos dispõem de melhores condições
financeiras para planejar o futuro.
Nas famílias lideradas por pessoas entre 40 e 49 anos, as receitas
superam em 2% os gastos mensais ou anuais. Já na faixa dos
indivíduos com mais de 50 anos, as receitas superam as despesas em
14%.
No Brasil, a Kantar Worldpanel acompanha semanalmente o consumo de
8,2 mil domicílios, o que representa 81% da população domiciliar e
91% do potencial de consumo do país.
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