Apesar do arrefecimento da
economia, os seguros de pessoas mantém-se em ritmo de crescimento.
No Grupo BB e Mapfre, o desempenho da carteira de seguros de
pessoas nos três primeiros meses do ano também foi positivo, com
forte aceleração em março e crescimento de 37,9% no mês.
Segundo Bento
Zanzini, diretor geral de seguro de Pessoas da empresa, o
crescimento foi percebido em todas as linhas de negócios em que o
Grupo atua, tanto nos seguros individuais quanto coletivos,
prestamista (voltado à quitação de financiamento na morte do
tomador) e microsseguros.
No segmento alta renda, por
exemplo, para atender ao crescimento da demanda o produto Vida
Special foi revisado e agora conta, entre outras novidades, com o
serviço de telessubscrição, uma metodologia que consiste em
entrevista por telefone feita por profissionais especializados da
área médica. Esse procedimento é aplicado aos seguros com capitais
superiores a R$ 3 milhões, que anteriormente exigiam a coleta de
exames médicos.
“Eventuais dúvidas decorrentes do
preenchimento da tradicional ‘Declaração Pessoal de Saúde – DPS’
agora são esclarecidas ao telefone por uma equipe de médicos e
enfermeiros credenciados pelo BB e Mapfre. Isso garante não apenas
uma melhor análise do risco, como também agiliza o processo de
oferta e fechamento da proposta do seguro, o que contribuiu para o
crescimento do segmento”, diz Zanzini.
A comercialização dos seguros
populares também prospera. No microsseguro, o crescimento em março
foi 140% maior que no ano anterior. Os prêmios saltaram de R$ 9
milhões em 2013, quando foram regulamentados, para R$ 85 milhões em
2014.
“O principalmente agente propulsor
dos seguros populares são, sem dúvida, os diferentes modelos de
distribuição. Temos uma forte presença em praticamente todos os
nichos de mercado, porque nossa orientação é voltada para a busca
permanente de soluções inovadoras, seja via rede bancária, nos
terminais de autoatendimento, que permitem aos usuários a aquisição
de seguros de forma simples e rápida, ou no varejo, por meio de
acordo com nossos parceiros, o seguro está onde o consumidor está,
o que nos permite fortalecer o relacionamento com ele”, afirma o
executivo.
Em março, o Grupo BB e Mapfre
também lançou uma nova geração de seguros voltada às convenções
coletivas de trabalho, o Pró-Trabalho, outro nicho que, segundo o
executivo, tem espaço para crescer.
“Estima-se que no País haja 14 mil
sindicatos e cerca de 40 milhões de trabalhadores em regime de
carteira assinada. Mas apenas uma pequena parte desse universo
conta com a proteção de um seguro de vida, o que nos dá a ideia do
enorme potencial desse produto”, ressalta Zanzini.
Como muitos sindicatos ainda não
têm em sua Convenção a exigência de um seguro de vida, a
expectativa é que o Pró-Trabalho crie essa necessidade,
sensibilizando esse segmento não somente com as tradicionais
coberturas do seguro de vida, mas com outros benefícios que os
segurados podem desfrutar em vida, como a cesta natalidade para as
mães e os bebês, o auxilio-creche e a cobertura de acessibilidade,
que permite ao segurado utilizar sua indenização para atender à
necessidades específicas de sua condição, desde uma reforma, a
construção de uma rampa de acessos ou a aquisição de uma cadeira de
rodas.
Segundo dados da Susep, o segmento
de seguros de pessoas, terceiro maior volume em vendas, obteve
crescimento de 11,3% no primeiro trimestre deste ano, passando de
R$ 6,2 bilhões no ano passado para R$ 6,9 bilhões em 2014. E a
perspectiva é de contínuo crescimento.