A Comissão Europeia aprovou a
primeira etapa do processo de equivalência dos setores de seguros
dos mercados europeu e brasileiro. A decisão beneficia as
seguradoras brasileiras, que terão facilidades para operar no velho
continente. Da mesma forma, as empresas europeias terão o mesmo
tratamento, caso queiram se instalar no Brasil. “Esta é a primeira
de três etapas de um alinhamento maior que esperamos que aconteça
até o final de 2016″, afirma o diretor técnico da Superintendência
de Seguros Privados (Susep), Danilo da Silva.
A primeira etapa desse processo
abrange o cálculo de solvência das empresas que atuam no setor. Na
segunda fase, será avaliada a supervisão de grupo, em que uma
empresa, com várias subsidiárias, passa pela supervisão como
integrante de um grupo e não mais individualmente, como é hoje. O
relatório referente a essa etapa já foi encaminhado para a
Autoridade Europeia de Seguros e Previdência (EIOPA), órgão
regulador europeu, que emitirá um parecer técnico para a Comissão
Europeia, que dá a palavra final.
Na terceira fase, serão avaliadas
as normas e procedimentos de supervisão para o segmento de
resseguros. Ao completar essas avaliações, o processo de supervisão
feito pela Susep, incluindo normativos e procedimentos, passa a ser
considerado equivalente ao que é estabelecido para o mercado
europeu.
O prazo de vigência para cada uma
das três fases da equivalência da supervisão feita no Brasil com a
da Europa é de 10 anos. Além do Brasil, Austrália, Bermudas,
Canadá, México e Estados Unidos também tiveram aprovada pela
Comissão Europeia a equivalência na primeira fase.