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Polêmica sobre plano de saúde de servidores da Câmara gera novo ato

Fonte: G1 Data: 23 junho 2015 Nenhum comentário

Um grupo de servidores da Câmara dos Deputados fez nesta segunda-feira (22) um novo ato no Salão Verde contra a possibilidade de a direção da Casa mudar a gestão do fundo do plano de saúde dos funcionários. Aos gritos de "não, não, no Pro-saúde, não!", eles deixaram o Salão Verde e percorreram alguns corredores da Câmara.

Os servidores já haviam protestado na sexta-feira (19) e agendaram para a terça (23) a realização de uma assembleia para decidir se fazem um indicativo de greve. No momento da manifestação, que durou meia hora e reuniu cerca de 300 pessoas, segundo os organizadores, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), não estava na Casa. De acordo com a assessoria de imprensa dele, Cunha cumpriu agenda em São Paulo e só deve chegar em Brasília no final da noite desta segunda.

O protesto é uma reação à informação que começou a circular entre os servidores de que a Mesa Diretora analisava mexer nas reservas do Pro-saúde, um fundo composto com recursos dos servidores, de deputados e da União para custear o plano de saúde dos funcionários da Câmara.

O vice-presidente do Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo (Sindilegis), Paulo Cezar Alves, admitiu nesta segunda, porém, que, “oficialmente, não chegou nada de concreto” no sentido de que possa haver mudança no fundo. “Ainda não tem um fato real. Eu tentei ponderar aos colegas que a assembleia teria que ser feita após o fato concreto”, disse.

Segundo ele, o diretor-geral da Câmara, Rômulo de Sousa Mesquita, explicou que Cunha pediu mais detalhes sobre os recursos que compõem o fundo, que somam cerca de R$ 380 milhões. “O diretor-geral só falou que o presidente quer conhecer esse montante. Hoje, contribuímos com R$ 322 por mês, além de pagarmos uma co-participação em consultas e exames. Uma parte vai para o fundo, que é como uma poupança para o futuro e a gente não quer que mexam nele”, disse Alves

Na semana passada, Cunha negou que o comando da Casa tenha intenção de usar os recursos da reserva, mas destacou que avalia impedir novos repasses da União ao fundo. Na avaliação dele, o montante aplicado no fundo já é alto e não haveria necessidade de continuar com os aportes da União.

"Nós pagamos em conjunto, os deputados e servidores, R$ 18 milhões por mês. São 6 mil pessoas a R$ 300 reais mais ou menos. E a União coloca a sua parte por meio do Orçamento da Câmara. Só que eles não gastam e pediram R$ 33 milhões da União esse ano. Tenho que zelar pelo dinheiro do contribuinte. Para que vou colocar dinheiro do contribuinte num fundo que não é gasto?", questionou o peemedebista na sexta.

A Diretoria Geral da Câmara divulgou uma nota em que nega qualquer alteração no plano de saúde e afirma que realizará um estudo sobre a reserva de contingência para “otimizar os recursos em benefício dos servidores da Casa”.


 

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