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Roubo de cargas preocupa mercado brasileiro

Fonte: Revista Apólice Data: 14 julho 2015 Nenhum comentário

O roubo de cargas preocupa o mercado brasileiro. De acordo com a Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT), somente em 2014 foram registrados 17,5 mil roubos de cargas, que ocasionaram prejuízo de R$ 1 bilhão.

Outro dado, divulgado pela consultoria especializada em roubos de cargas FreightWatch International, evidencia a questão: o Brasil é campeão mundial e está à frente de países como México, África do Sul, Somália e Síria, apontados com “altíssimo risco”, segundo a companhia.

Considerando o cenário atual, quais devem ser as estratégias usadas pelas empresas para preservar a carga e os motoristas? De acordo com Eliel Fernandes, executivo da Buonny, os roubos acontecem geralmente em um raio de 100 a 150 quilômetros dos grandes centros. Atualmente, a região sudeste é muito afetada por este tipo de crime, pois representa 85% de toda a carga transportada no País por eixo rodoviário.

O executivo destaca que o mais importante é ter uma estratégia preventiva, com planos de gerenciamento de riscos bem estruturados. Um Plano de Gerenciamento de Risco (PGR) deve ser elaborado com base nas informações de cada operação e, para isso, é necessário avaliar os tipos de mercadorias (se são visadas, de fácil recolocação no mercado, de fácil manuseio), valor, cubagem x peso, áreas de riscos, ou seja, regiões geográficas caracterizadas pela alta incidência e concentração de sinistros de roubo de carga, rotas (rodovias com alta incidência de acidentes, por exemplo), tipos de veículos e de motoristas (se são funcionários, agregados ou terceiros/autônomos). A partir dessas informações são definidos os procedimentos, equipamentos e controles das operações.

Assim, o crescimento do setor tem contribuído na redução de perdas de cargas e veículos. Dados levantados pela Associação Brasileira das Empresas de Gerenciamento de Riscos e de Tecnologia de Rastreamento e Monitoramento (Gristec), revelam que, entre 2005 e 2013, 563 mil tentativas de roubos ou furtos foram frustradas graças à ação de equipamentos antifurto e das centrais de monitoramento, o que representou uma economia de R$ 27 bilhões.

Para embarcadores, transportadores e companhias seguradoras, o recurso significa mais investimentos, criação de empregos e geração de renda.

 

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