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Riscos provocados pelo homem poderiam custar mais de US$ 140 bi às grandes cidades brasileiras

Fonte: Revista Apólice Data: 08 setembro 2015 Nenhum comentário

Onze das maiores cidades brasileiras poderiam ter US$ 147,47 bilhões de seu Produto Interno Bruto (PIB) em risco frente a uma série de ameaças ao longo da próxima década. Riscos decorrentes de ação humana como quebra de mercado, terrorismo e ataques cibernéticos responderiam por aproximadamente US$ 101,3 bilhões dessas perdas, segundo a pesquisa “Lloyd’s City Risk Índex”, divulgada hoje (3) pelo Lloyd’s.

O documento é um estudo inédito sobre o impacto econômico de 18 riscos distintos em 301 das maiores cidades do mundo (incluindo São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Recife, Manaus, Fortaleza, e Vitória). Baseado em uma pesquisa original feita pela Universidade de Cambridge, o Índice mostra pela primeira vez o verdadeiro custo econômico destas ameaças e revela que um total de US$ 4,6 trilhões de PIB projetado para 301 cidades avaliadas ao redor do mundo poderia estar em risco ao longo dos próximos dez anos.

A companhia produziu este índice para ajudar a aumentar a compreensão e moldar a resposta do mundo para o cenário mutante de risco. Os dados, que serão atualizados a cada dois anos, visam estimular novas discussões entre seguradoras, governos e empresas sobre a necessidade de melhorar a resiliência, mitigar riscos e proteger a infraestrutura.

Os resultados também mostram que os riscos provocados pelo homem, tais como ataque cibernético, terrorismo, pandemia e flutuação no preço do petróleo, são agora mais significativos enquanto ameaça que representam para a produtividade econômica do que as tradicionais catástrofes naturais, tais como inundações, terremotos e secas. Por exemplo, a quebra de mercado é a ameaça mais significativa para o PIB global, respondendo por aproximadamente um quarto das perdas potenciais de todas as cidades avaliadas.

No Brasil, o Índice descobriu que essas 11 cidades, segundo estimativas, vão gerar US$ 1580,8 bilhões de PIB anual ao longo da próxima década. No entanto, 9,35% deste crescimento econômico estaria em risco por uma combinação de 18 ameaças naturais e causadas por ação humana.

São Paulo e Rio de Janeiro são as duas maiores cidades do Brasil tanto em produção econômica quanto em PIB potencial em risco. No total, os riscos causados por ação humana na capital paulista poderiam representar US$ 36,73 bilhões dos US$ 62,95 bilhões que a cidade tem em riso. As maiores ameaças para São Paulo são de quebra de mercado (que poderia custar US$ 15,29 bilhões), pandemia humana (US$ 12,67 bi), inundação (US$ 11,63 bi), ataque cibernético (US$ 9,13 bi) e flutuação no preço do petróleo (US$ 7,65 bi).

Em comparação, o Rio de Janeiro tem um total de US$ 14,86 bilhões em risco por ameaças causadas por ação humana, que é igual a 61,10% do total de US$ 24,32 bilhões em risco. As ameaças prioritárias no local são quebra de mercado (US$ 6,18 bi), pandemia humana (US$ 5,14 bi), ataque cibernético (US$ 3,69 bi), inundação (US$ 3,55 bi) e flutuação no preço do petróleo (US$ 3,10 bi).

“O Lloyd’s City Risk Index destaca a exposição econômica de 301 grandes cidades ao redor do mundo. Governos e empresas, juntamente com seguradores, precisam trabalhar juntos para ter certeza de que esta exposição – e o potencial de perdas – seja reduzido”, declara Inga Beale, CEO do Lloyd’s, acrescentando que “seguradores, governos, empresas e comunidades precisam pensar sobre como podem melhorar a resiliência de sua infraestrutura e de suas instituições. O seguro é parte da solução”.

 

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