Uma ponte entre
a educação e o empreendedorismo, com geração de renda e
inclusão social. Na próxima quinta-feira (28), uma cerimônia de
formatura vai reunir 14 alunos do Curso de Capacitação em Modelos
de Negócios Canvas para Microempreendedores, do Projeto
Ressignificando o Futuro. Eles receberam qualificação durante
quatro meses, a custo zero, com ferramentas que ajudaram a tornar
seu trabalho mais rentável e inovador. Além dos importantes
conhecimentos em gestão, agregaram valor ao seu negócio.
O Ressignificando
o Futuro chega ao terceiro ano com um histórico de bons
resultados. Uma iniciativa da Escola Nacional de Seguros, o projeto
qualificou mais de 100 microempreendedores de diferentes áreas:
confecção de roupas, acessórios e produtos de beleza, produção de
alimentos, turismo, serviços e outras.
Após a formatura, será exibido
documentário do PNUD – programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento – sobre 16 empreendedores fluminenses que utilizam
práticas sustentáveis em seus negócios. Eles são protagonistas
de CenáRIO, uma produção que integra os Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável do PNUD. Dois deles foram capacitados
pelo projeto Ressignificando o Futuro, da Escola Nacional de
Seguros.
Esse é o caso do artesão Julio
César de Moraes, 56 anos, morador do Vidigal. Ao lado do
filho Ricardo, ele confecciona bolsas, cintos, pulseiras, brincos e
peças em macramê utilizando material reciclado, como garrafas PET e
caixas de leite. A sustentabilidade é a base do negócio, que já
conta com clientes em outros estados.
“Esse trabalho começou como uma
terapia e foi tomando corpo, com a procura cada vez maior pelas
peças. Mas não tínhamos ideia de como administrar o negócio, de
forma a crescer e ganhar novos mercados. O Ressignificando o Futuro
foi um divisor de águas. Aprendemos a usar os canais de
distribuição e começamos a participar de feiras e eventos. Hoje
temos segurança para avançar como empreendedores”, diz Julio
César.
A força do projeto de qualificação
vem justamente da capacidade de transformar a qualidade dos
negócios e a própria vida dos empreendedores.
“O Ressignificando o
Futuro ataca um dos problemas centrais da sociedade moderna:
como fazer uma transformação radical no nosso entorno de forma a
levar os benefícios do progresso, de forma capilar, a quem dele
precisa. Para atingir esse ousado objetivo, o projeto liga educação
e empreendedorismo, de forma efetiva e duradoura. Na medida
em que microempreendedores aprendem técnicas de gestão compatíveis
com sua realidade, conseguem melhorar significativamente seus
negócios e, por tabela, sua condição de vida. A mudança vem de
baixo para cima, contaminando positivamente todo o sistema, sem
precisar de ajudas externas ou governamentais. Isso é
revolucionário, porque a educação conjugada à ação local também o
é!”, define o diretor de Ensino Superior da Escola Nacional de
Seguros, Mario Pinto.
O coordenador de Graduação em
Administração e Seguros, professor José Varanda, reforça o caráter
inovador do projeto.
“O Ressignificando o
Futuro é um dos projetos de responsabilidade social mais
importantes para a Escola Nacional de Seguros. Através dele se
alinham a capacitação de empreendedores na gestão de seus negócios,
com fundamento no modelo Canvas, e a capacitação prática dos alunos
como consultores através da aplicação dos conhecimentos e das
habilidades”, explica.
“É um projeto de inclusão social na
medida em que foca na ampliação da visão do empreendedor sobre o
seu negócio com incremento de trabalho e renda”, conclui
Varanda.
A cerimônia de formatura começa às
18h e terá como mestre de cerimônias o professor Edmundo Eutrópio
Coelho de Souza, da Escola Nacional de Seguros. A mesa será
composta pela professora Leonor Chaves, idealizadora do Projeto
Ressignificando o Futuro, Márcia Ferreira, diretora da Incubadora
Afro-Brasileira; e Layla Saad, Diretora do Centro Rio+. Também
estarão presentes professores que fizeram o projeto se tornar
realidade: Maria Eulália de Moura; João Luiz Carvalho Rocha de
Oliveira; Maisa Sandra de Sá Bezerra e Marcio Luis Cunha
Barbará.