A inclusão das pessoas que não tem
acesso às novas tecnologias em um cenário onde este tema é um dos
principais destaques, foi o assunto abordado pelo presidente da
Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência
Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg), Marcio
Serôa de Araujo Coriolano, durante o Insurance Service Meeting. O
evento teve sua décima edição de 03 a 06 de novembro e reuniu cerca
de 400 participantes do setor de seguros e especialistas em
tecnologia de corporações multinacionais.
Coriolano destacou que a sociedade
brasileira vive um momento desafiador na tentativa de retomar o
ciclo de crescimento econômico. “Os avanços tecnológicos aliados a
uma forma de “pensar fora da caixa” podem se constituir em aliados
para o aprimoramento da linha de produtos e ampliação do portfólio
de ofertas das empresas, da precificação de riscos e de uma melhor
eficiência operacional”, ponderou, alertando para a questão da
conectividade no Brasil.
Segundo dados de pesquisa sobre
Tecnologias da Informação, 58% da população do Brasil tem acesso
regular a internet, e esse número é ainda maior dos internautas que
acessam pelo celular, atingindo 89%. Para Coriolano essa pesquisa
demonstra que o mercado segurador precisa refletir segurador sobre
como acessar e endereçar mensagens ao público que está cada vez
mais conectado.
Durante a palestra, também foram
abordadas questões como o tratamento de dados, instigando a
reflexão sobre o uso de informações de origem pessoal, a análise de
dados, segundo ele um imperativo que exige pessoal altamente
qualificado para a construção de modelos estatísticos para técnicas
de inteligência analítica e de modelos preditivos.
“A mudança tecnológica chegando
mais rápido” foi o tema abordado pelo primeiro painel do dia, que
contou com a participação do professor da Fundação Instituto de
Administração (FIA), CEO da Inova Consulting e colunista da rádio
CBN, Luis Rasquilha, que destacou o poder da tecnologia e da
conectividade no âmbito das empresas e da sociedade em geral.
Marco Antonio da Silva Barros,
diretor Geral Executivo da CNseg, participou do painel e falou
sobre a empresa de participações que a CNseg constituiu, em
parceria com as suas quatro federações associadas (FenaPrevi,
FenSeg, FenaSaúde e FenaCap), a CNsegPar, e o projeto de inovação
MAR, que recebeu este nome em homenagem ao ex-presidente da
Confederação, Marco Antonio Rossi.
Para Barros, a principal motivação
para esta iniciativa foi a transformação do mercado segurador. “Ou
você rapidamente se adapta e entende como todas essas
transformações tecnológicas estão modificando e ainda podem
modificar mais o seu negócio, a sua vida, a vida da sua família e
interage ou você não irá sobreviver”, observou.
Desta forma, de acordo com ele, a
CNseg optou por não ser uma incubadora ou uma aceleradora de start
ups e, sim, um investidor anjo, trabalhando sob o conceito de smart
money, aproximando quem tem o conhecimento, quem tem o poder de
decisão e quem pode promover mudanças dentro de um determinado
segmento da sociedade. Por meio da CNsegPar, a Confederação firmou
uma parceria com a aceleradora catarinense Darwin Starter e foi
iniciado um processo de inscrição no qual cerca de 300 empresas de
todo o Brasil se cadastraram para participar.