Previsão consta de estudo da KPMG
internacional sobre comportamento mundial do setor de seguros
Novo relatório divulgado pela KPMG
International confirma o apetite redobrado do mercado segurador
mundial por aquisições e fusões neste ano. Segundo o estudo, 84%
das companhias de seguros pesquisadas planejam efetuar entre uma e
três aquisições em 2017. Em contrapartida, 94% programam pelo menos
uma alienação. O estudo afirma também que dois terços das
seguradoras esperam realizar ainda uma aquisição transfronteiriça
no decorrer do ano.
Para 33% das seguradoras, a
transformação do modelo de negócios será o principal impulsionador
das compras em 2017. A mesma taxa percentual pretende melhorar seu
operacional, alterando seu modelo de negócios. “As seguradoras
estão claramente com fome de boas oportunidades de M & A (fusões e
incorporações). Eles estão focados em transformar seus negócios e
modelos operacionais e, mesmo com incertezas geopolíticas, estão
procurando agressivamente negócios que podem ajudar a atingir seus
objetivos”, afirma Ram Menon, parceiro global, Advisory Deal com
KPMG nos EUA, por meio de comunicado.
As parcerias também são vistas
positivamente para a transformação operacional- 87% das seguradoras
indicam que irão se associar para novas capacidades operacionais,
enquanto 76%, para ter acesso à nova infraestrutura
tecnológica.
Cerca de 200 tomadores de decisão de
seguros global foram ouvidos. E os EUA são identificados como o
principal destino para aquisições, seguido pela China. Mas
regionalmente, a Ásia-Pacífico domina, com 47% olhando para a
região em busca de aquisições, mais do dobro da porcentagem para a
América do Norte. Já a Europa Ocidental é vista como a maior
oportunidade de alienação.
Apesar da necessidade estratégica de
transformação do negócio, o relatório acha que muitas seguradoras
continuam a adotar uma abordagem oportunista para aquisições e
fusões. Tanto que apenas 47% das seguradoras com equipes de M & A
dedicadas dizem que seus objetivos de identificação do negócio
estão alinhados à sua estratégia corporativa. Trinta e sete por
cento admitem sua abordagem para fazer negócios ainda é em grande
parte reativa. “Se você estiver usando M & A(aquisições e fusões)
para efetivamente transformar seu negócio, você não pode apenas
saltar em negócios oportunistas, você precisa ser muito mais
estratégico”, observou Ram Menon. “As organizações de seguros
precisam fazer investimentos que proporcionem uma estratégia de
longo prazo para a organização. E é aí que estarão os grandes
desafios”, lembra Ram Menon. O relatório assinala que as
seguradoras estão tomando uma série de caminhos para garantir
transações transformadoras. Capital de risco corporativo, em
particular, está ganhando força, com 62% das seguradoras dizendo
que eles já estão ativos ou atualmente criando uma capacidade de
venture corporativa como uma forma de construir capacidades
técnicas. Mais de um quarto dos fundos de capital de risco
existentes reivindicam mais de US $ 1 bilhão em fundos
alocados.
“Neste ambiente, a chave para o
sucesso é alinhar os modelos financeiros, empresariais e
operacionais para que você possa obter clareza sobre os mercados e
geografias em que você quer jogar e como você vai ganhar”, observou
Matthew Smith, Global Strategy Group, Setor de Seguros Líder, KPMG
no Reino Unido. “Você também deve estar preparado para analisar
suas capacidades nas áreas de due diligence e segmentação, a fim de
entender como extrair o máximo valor a médio prazo e como as
capacidades do alvo complementar o seu próprio”, declarou.