O Ministério da Saúde vai destinar, até o fim de 2011, R$ 41,5
milhões para o estado de São Paulo construir 114 Unidades Básicas
de Saúde (UBS).
De acordo com o órgão, o ministério já liberou a primeira
parcela para a construção de 1.219 UBS, em todos os estados,
incluídas no Programa Brasil sem Miséria.
A medida intensifica as ações para consolidar o novo modelo de
atenção básica em saúde no Brasil. As unidades serão construídas
seguindo novos parâmetros arquitetônicos (quantidade de salas e
espaço físico) e de atendimento (acolhimento e classificação de
risco).
Em declaração, o ministro da Saúde Alexandre Padilha, afirma que
o novo modelo para a atenção básica, que inclui a reforma e
construção de unidades básicas de saúde, é uma prioridade do
Governo Federal na estratégia de reduzir as desigualdades no
país.
Os recursos de R$ 336,8 milhões para os estados e municípios
construírem todas essas novas unidades são provenientes do Programa
de Aceleração do Crescimento 2 (PAC 2).
A classificação das UBS determina o investimento para a
construção das unidades e leva em conta o número de Equipes de
Saúde da Família (ESF) vinculadas a elas. Unidades básicas de saúde
com uma ESF recebem o incentivo de R$ 200 mil.
Com duas ESF, o valor é de R$ 266,6 mil; e com três ESF, de R$
400 mil. Acima desse número de ESF, os valores repassados variam de
acordo com a análise de cada processo.
A estratégia de fortalecimento da atenção básica inclui, também,
a reforma e a ampliação das 36,8 mil unidades em funcionamento
atualmente no país.
Até o fim do ano, o Ministério da Saúde finalizará um
diagnóstico preciso das necessidades de cada UBS no Brasil, para
definir o volume de recursos necessários para os municípios
realizarem as obras.
Padilha destaca que o Ministério da Saúde trabalha para melhorar
o padrão de qualidade do atendimento ao usuário do Sistema Único de
Saúde e vai acompanhar e avaliar, de perto, os serviços
prestados.
As UBS – novas e antigas – terão consultórios para todos os
profissionais de saúde (médicos, dentistas e enfermeiros); sala de
recepção com espaço amplo para os pacientes aguardarem o
atendimento; sala de acolhimento, onde os profissionais farão a
triagem do paciente, com diagnóstico e classificação de risco do
problema de saúde; além de uma sala de observação, para primeiro
atendimento de urgência. Todas as unidades estarão conectadas à
internet por meio da rede banda larga.
A proposta das UBS é fornecer atenção integral à saúde da
comunidade, desenvolvendo atividades não só de promoção e atenção à
saúde, como também procedimentos ambulatoriais em casos de urgência
que não necessitem de especialistas. A maior parte das UBS (71%)
abrigam Equipes de Saúde da Família, responsáveis por atender uma
comunidade, prestando assistência mais humanizada e eficaz.
Outras medidas
O Ministério também definiu, neste mês, as novas regras para a
transferência dos repasses do Fundo Nacional de Saúde aos fundos
municipais. O reajuste das duas modalidades do Piso da Atenção
Básica (PAB) – fixo e variável – vai permitir a ampliação, com
qualidade, de políticas como a Estratégia Saúde da Família
(ESF).
O ógão vai reajustar em 27% os recursos transferidos por
habitante – o chamado PAB Fixo – para 70% das cidades brasileiras.
Essas são as localidades que mais precisam de investimento seguindo
alguns critérios de inclusão social e renda.
A entidade publicou as regras do
Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção
Básica (PMAQ), nesta quarta-feira (20), e que compõem o PAB
Variável. A iniciativa cria um componente de qualidade para todos
os municípios com equipes de atenção básica que aderirem ao
programa. Aquelas que atenderem aos parâmetros estipulados poderão
até dobrar o valor do repasse que recebem.